quarta-feira, 12 de agosto de 2015

“Sêo Inácio”: Da banca Sétima Arte ao cinema

Coletiva de imprensa de Seô Inácio Foto: Cristânia Kramatschek

Apaixonado por cinema e literatura, profundo conhecedor da cultura brasileira e gaúcha, Inácio Magalhães de Sena, tem a sua história contada no curta-metragem Sêo Inácio (Ou o cinema imaginário), sob a direção do jovem Hélio Ronyvon.
A ideia do curta começou no final de 2010, quando o então universitário Hélio, tinha o objetivo de fazer uma reportagem para um trabalho da faculdade sobre a Banca Sétima Arte. Entretanto, o dono não quis dar a entrevista, logo, restou ao acadêmico conversar com o seu Inácio. E o conteúdo passado pelo senhor foi tão rico e surpreendente, que naquele momento, apenas uma tarefa da faculdade não seria capaz de cobrir tamanho conhecimento. Senhor Inácio se tornaria tema de um filme.
Durante entrevista coletiva, Hélio contou que ainda não lhe caiu a ficha de que seu filme está no Festival de Cinema de Gramado. Ele ainda falou sobre a vinda do personagem principal, “trazer o Seu Inácio para cá foi muito complicado, tanto que um amigo dele foi o responsável por pagar a passagem”. Fora isso, a equipe realizou “vaquinhas” e exibições para as pessoas assitirem o filme, para assim, arrecadar recursos, já que não houve apoio estatal nem de empresas.
Segundo o diretor, o acervo de livros e filmes de Seu Inácio é uma memória afetiva e local muito importante, que deve ser preservada. “O cinema é um milagre, é a magia ao nosso alcance”, afirma Seu Inácio. O senhor conta ter assistido mais de 20 mil filmes e, antigamente, chegava a viajar 300km, de Natal a Recife, para assistir até três filmes e em seguida, retornar para a sua residência.
Seu Inácio fez questão de ressaltar que foi muito bem acolhido na terra de, segundo ele, um dos maiores escritores brasileiros. “Érico Veríssimo não honra apenas o Rio Grande do Sul, mas sim o Brasil inteiro. O gaúcho que não conhece O tempo e o Vento é a mesma coisa que um crente não conhecer a bíblia”, conta Seu Inácio, após dizer que conheceu pessoalmente Veríssimo.
O diretor Hélio Ronyvon ressaltou que o filme foi “feito na raça” e que a presença no Festival de Cinema de Gramado é importante, pois o maior objetivo é fazer com que as pessoas de fora do Rio Grande do Norte possam conhecer a bela história de vida do Seu Inácio e fazer com que todos se apaixonem pela trajetória do personagem potiguar.

Vinícius Carvalho, acadêmico do 3º semestre de Jornalismo 

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