sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Entrevista Lucas Cassales

O jovem cineasta Lucas Cassales, diretor do curta metragem "O Corpo" levou quatro premiações na competição Mostra de Curtas Gaúcho deste 43º Festival de Cinema de Gramado. Em entrevista fala de sua trajetória, o filme premiado e da produção cinematográfica no Rio Grande do Sul.

Sobre esse início na carreira cinematográfico?
A ideia era focar em cinema e produção audiovisual, então se fez uma média de 18 curtas metragens sendo que alguns rodaram em festivais e outros passaram no Canal Brasil, curtas para TV, e agora estamos começando a realizar os primeiros trabalhos de longa metragem, finalizando um longa dirigido pelo Daniel de Bem e ano que vem produzimos um longa metragem.
O que tu pode falar sobre curta metragem "O Corpo"?
Um curta metragem sensorial, fabular na questão da sociedade gaúcha, com conservadorismo de uma maneira não explicita.

Qual a importância das premiações da Mostra de Curtas Gaúchos?
É importante para ter um reconhecimento no estado, para o currículo também,foi muito trabalho ganhar os Kikitos nas categorias de fotografia, roteiro e direção.

O que tu pensa do desenvolvimento de curtas metragens no estado?
A cena cinematografia gaúcha nunca esteve tão interessante, apesar de ter dificuldades de produzir longa metragens, mesmo assim continua-se encontrando uma forma de financiar. É uma questão política, se a cultura deve ser valorizada. 

Esse ano Festival de Cinema de Gramado tem a Mostra Especial de Longas Gaúchos em exibição, o que tu analisa desse novo espaço para o cinema gaúcho? 
Mesmo que ainda seja um embrião já é importante, mesmo ainda não seja o ideal, muitos deles foram contemplados em editais e assim se consegue exibir estes filmes.

Como estas premiações tu pretende levar o curta metragem "O Corpo" para outros festivais?Espero que sim, vai ser exibido na Mostra de Curtas Nacionais, já exibimos no Festival de Cinema de Tiradentes e agora vamos para o Festival de Cinema de Brasília.

O Estado do Rio Grande do Sul tem alguns cineastas como Gerbase, Furtado e outros muito reconhecidos, como estes cineastas influenciam a nova geração do cinema gaúcho?
O Gerbase inclusive foi meu professor, e estes cineastas foram os que fizeram filme quando ninguém fazia cinema no Rio Grande do Sul. Creio que isso possa propiciar e diversificar o cinema.

Queria que tu falasse destas escolas de audiovisual que surgiram no Rio Grande do Sul na última década?
Foram primordiais para o surgimento de novos cineastas, porque antigamente se pegava uma câmera e se tentava fazer cinema, o que não se conseguia. Mas estes cursos de audiovisual que surgiram na Unisinos, Puc e em escolas do interior do estado propiciam que se possa estudar cinema antes de ser um profissional.

E como distribuir estes filmes?
Os curta metragem tem exibição bem restrita, não tem lançamento comercial como no cinema tradicional, por isso que os festivais de cinema acabam sendo importantes. O que proporciona visibilidade para equipe e realizadores dos filmes que estão no Festival de Cinema de Gramado. Ou a possibilidade de tentar vender estes filmes para televisão.


Felipe Scheibe, acadêmico de 6º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Chega ao fim o 43º Festival de Cinema de Gramado

Premiados do 43º Festival de Cinema de Gramado
Foto: Carlos Macedo
  Na noite de sábado (15), no Palácio dos Festivais em Gramado ocorreu a premiação das películas concorrentes em três categorias: Curtas Brasileiros, Longas Brasileiros e Longas Estrangeiros. Na edição deste ano foram 29 produções concorrendo ao Kikito de melhor filme, e em categorias como melhor diretor, melhor atriz, melhor ator, melhor roteiro e entre outras categorias.
  Em um ano que até mesmo o tradicional frio da serra gaúcha deu lugar ao calor, somado a crise na economia brasileira, resultou em um evento menos movimentado em relação aos outros anos. Críticos de cinema também relacionaram a queda de público a escolhas das produções que competiram nesse ano. Alguns críticos até classificaram o festival de Gramado, que é um dos mais importantes da América Latina, como irregular.  Por outro lado, o Festival serviu como cenário de discussão do cinema brasileiro, levando para as salas debates assuntos como acessibilidade nos cinemas, momento do cinema no país e projeções financeiras de investimento para as produções áudio visuais no país. Outra atividade positiva na edição de 2015 do evento, foi o cinema nos bairros, realizado pelo projeto Educavídeo em parceria com a Gramadotur e apoio da Globo Filmes, que contemplou 5 bairros na cidade.
  A cerimônia de premiação teve um atraso de cerca de 45 minutos e o evento com anúncio dos premiados do cinema em 2015 se estendeu até o início da madrugada de domingo (16). Com mais prêmios que concorrentes, houve uma pulverização de troféus nas categorias concorrentes. O filme vencedor da categoria de longas-brasileiros, por exemplo, levou apenas um Kikito a mais do que uma produção que foi considera de mercado comum e que era de uma direção estreante em produções de longas. Vale destacar que nesse edição na categoria de longas brasileiros, com atuação na película "Um Homem Só", da diretora Cláudia Jouvin, a atriz Mariana Ximenes levou para casa o Kikito de melhor atriz,  porém o prêmio para melhor ator da categoria ficou com o estreante em longas, Breno Nina por sua atuação em "O Último Cine Drive-In", de Iberê Carvalho. Outro destaque do Festival foi o curta brasileiro "O Corpo", do diretor gaúcho Lucas Cassales, que além de levar o prêmio máximo na competição de mostras gaúchas, também garantiu o prêmio máximo na categoria de curtas nacionais.
Confira a lista completa dos vencedores:

Longas brasileiros:
Melhor Filme: Ausência, de Chico Teixeira
Diretor: Chico Teixeira, por Ausência
Ator: Breno Nina, por O Último Cine Drive-In, de Iberê Carvalho
Atriz: Mariana Ximenes, por Um Homem Só, de Claudia Jouvin
Ator Coadjuvante: Otávio Müller, por Um Homem Só
Atriz Coadjuvante: Fernanda Rocha, por O Último Cine Drive-In
Prêmio do Júri Popular: O Outro Lado do Paraíso, de André Ristum
Prêmio da Crítica: O Último Cine Drive-In
Roteiro: Chico Teixeira, César Turim e Sabina Anzoategui, por Ausência, de Chico Teixeira
Montagem: Federico Brioni, por Ponto Zero, de José Pedro Goulart
Fotografia: Adrian Teijido, por Um Homem Só
Direção de Arte: Maíra Carvalho, por O Último Cine Drive-In
Trilha Sonora: Alexandre Kassin, por Ausência
Som: Kiko Ferraz e Christian Vaz, por Ponto Zero
 
Longas latino-americanos
Melhor Filme: La Salada, de Juan Martín Hsu (Argentina)
Diretor: Kiki Álvarez, por Venecia (Cuba)
Ator: Gilberto Barraza, por En la Estancia (México)
Atriz: Claudia Muñiz, Marianela Pupo e Maribel Garzón, por Venecia
Prêmio do Júri Popular: Ella, de Libia Gómez Días (Colômbia)
Prêmio da Crítica: La Salada
Roteiro: Carlos Armella, por En la Estancia
Fotografia: Nicolas Ordóñez, por Venecia
Prêmio Dom Quixote: En la Estancia, de Carlos Armella
 
Curtas-metragens
Melhor Filme: O Corpo, de Lucas Cassales
Diretor: Bruno Carboni, por O Teto Sobre Nós
Ator: Matheus Nachtergaele, por Quando Parei de me Preocupar com Canalhas, de Tiago Vieira
Atriz: Giuliana Maria, por Herói, de João Pedone e Pedro Figueiredo
Prêmio Especial do Júri: Haram, de Max Gaggino
Prêmio do Júri Popular: , de Leandro Tadashi
Prêmio da Crítica: Dá Licença de Contar, de Pedro Serrano
Roteiro: Tiago Vieira e Fabrício Ide, por Quando Parei de me Preocupar com Canalhas
Fotografia: Arno Schuh, por O Corpo
Montagem: Chico Lacerda, por Virgindade, de Chico Lacerda
Direção de Arte: Welton Santos, por Miss & Grubs, de Camila Kamimura
Trilha Sonora: Felipe Junqueira e Samuel Ferrari, por Miss & Grubs
Som: Tiago Bello, por O Teto Sobre Nós
Prêmio Aquisição Canal Brasil: 
Dá Licença de Contar 

  O 43º Festival de Cinema de Gramado também homenageou ao longo da semana, nas programações do evento, grandes nomes do cinema brasileiro e latino. Na noite do sábado, dia 08 de agosto, o cineasta Daniel Filho recebeu o Troféu Cidade de Gramado, que destaca nomes que tiveram envolvimento com a cidade gramadense e o Festival, contribuindo para a divulgação de ambos. A grande homenageada nessa edição, foi a atriz Marília Pêra, que na noite de terça-feira, dia 11, recebeu o Troféu Oscarito, que homenageia atores e atrizes de destaque no cinema nacional. Quinta-feira à noite, dia 13, ocorreu a entrega do Kikito de Cristal, que faz referência a grandes expoentes do cinema latino-americano, e nesse ano, foi destinado ao ator, roteirista e diretor Fernando Pino Solanas, que esteve participando do Festival em 1991, ano que da internacionalização do evento. O cearense Zelito Viana é diretor de 16 filmes e também da produtora Mapa Filmes que completa 50 anos nesse ano, recebeu o Troféu Eduardo Abelin na noite de sexta-feira, dia 14, que destaca grandes cineastas, diretores e entidades do cinema brasileiro.  
  No próximo ano, para não coincidir com as Olímpiadas do Rio de Janeiro, o 44º Festival de Cinema de Gramado será realizado após o período tradicional, que é na primeira quinzena do mês de agosto. O evento será realizado a partir do dia 26 de agosto de 2016.

Ubiratan Júnior, acadêmico do 3º semestre da Universidade Feevale.



Festival de Cinema de Gramado promoveu debate sobre acessibilidade nos cinemas

Bruno Klein, Mimi Aragon, Rafael Martins dos Santos, Marilaine Castro da Rosa, Felipe Mianes, Márcia Caspary e Liege Nardi. Foto: Mariana Iablonowsky

 Na tarde da última sexta-feira (14), ocorreu no Hotel Serra Azul, um painel com debate sobre o projeto de recurso de acessibilidade na narração de áudio visual de filmes. A palestrante Marilaine Castro da Costa fez a abertura do painel explicando os objetivos e o porquê de oferecer acessibilidade: “garantir um direito, valorizar a capacidade e as habilidades de cada pessoa; serviço para todos, pensando em cada um, criar um diferencial e garantir mais clientes”, enfatizou Marilaine. A palestrante falou que produzir recursos de acessibilidade é uma grande responsabilidade e é essencial, para quem trabalha neste meio, ter domínio das técnicas e conhecer a obra.
  O segundo palestrante, Bruno Klein, falou dos 5 filmes que já possuem audiodescrição: “O Saneamento Básico, O Homem que Copiava, Tropa de Elite, O Tempo e o Vento e Os Dois Filhos de Francisco. Klein salientou que para produzir a acessibilidade leva um período de duas semanas e meia. Durante o debate foi comentado que o custo que se tem nestas produções não é o que impede as grandes produtoras cinematográficas do produzir mais filmes nesse aspecto. No filme “O tempo e o vento” a produção custou cerca de R$ 3 milhões de reais e somente 0,02% foi gasto com a áudio descrição e LSE. O palestrante ainda fala: “o grande empenho e desafio da Som da Luz (empresa especializada neste tipo de acessibilidade) é dar continuidade a este projeto”.
  A palestrante Marcia Caspary reflete sobre o lema: “Nada sobre nós sem nós, a ideia comunica que nenhum resultado a respeito das pessoas com deficiência haverá de ser gerado sem a plena participação das próprias pessoas com deficiência”. Ela ainda comenta que desde o final do ano de 2013 e início de 2014, empresas trouxeram aplicativos estrangeiros que sincronizam a áudio descrição, ao filme, seja onde ele rodar, na tela do cinema, TV ou computador. São eles: Movie Reading da Iguale Acessibilidade (funciona sem acesso à internet) e Whatscine da Mais Diferenças (necessário wifi, não aceita internet móvel). “Acessibilidade não é para agradar, ela é lei, é necessária”, destacou Márcia.
  Felipe Mianes, é usuário, pesquisador e consultor de áudio descrição. Mianes comenta que “temos 45 milhões de pessoas com deficiência, uma fatia de 23,9% da população, ou seja, um mercado de clientes”. Ele também afirma que “todos nós seremos usuários de áudio descrição um dia e que não se faz áudio descrição somente para um ou outros, devemos lembrar que é para nós mesmos. Temos que pensar em todos, não só nas pessoas que possuem smartphone, internet e com auto poder aquisitivo; não podemos dar acesso excluído pessoas, isso deve ser Universal. Ele ainda comenta que patrocinar áudio descrição liga as marcas”.
  Mimi Aragan, a penúltima palestrante comenta que “ o festival de Gramado vem abrindo as portas e inserindo a acessibilidade na sociedade da mesma forma que acontece em Brasília. Em quatro anos de amostra competitiva são mais de 200 pessoas que vem de três municípios gaúchos para a cidade de Gramado como espectadores, e quando estas pessoas chegam no Festival são muito aplaudidas pelo público. O Diretor da ACERGS (Associação de cegos do Rio Grande do Sul), Rafael Martin dos Santos, também usuário, foi o último a falar no evento “estou feliz pela maturidade das pessoas que estão aqui discutindo milhares de formas, alternativas e possibilidades de levar acessibilidade aos usuários. Precisamos assecibilizar as coisas, agregar valor”, destacou o diretor.
  Na tarde de sábado (15), no Palácio dos Festivais foi exibido o filme “Tropa de Elite 1” com áudio descrição, com o objetivo de exemplificar o tema debatido no dia anterior. Durante o Festival, a produção “A Oeste do fim do Mundo” foi exibida com áudio descrição. Segue a baixo o link da película:
Link do filme "A Oeste do Fim do Mundo, filme com áudio descrição: http://youtu.be/v8UMMYuuLb8 http://tagasblog.wordpress.com/tag/a-oeste-do-fim-do-mundo/


Vanessa Garcia, acadêmica do 9° semestre de Relações Públicas na Universidade Feevale

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Mostra Cinema nos Bairros terminou hoje, com exibição de filmes do Educavideo no bairro Vila do Sol

Foto: Clara Beatriz
  Na noite desta sexta-feira encerra a mostra Cinema nos Bairros, que aconteceu em cinco escolas de Gramado com o objetivo de levar o gostinho do Festival de Cinema de Gramado para os bairros do município. Pelo segundo ano consecutivo, a Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, do bairro Vila do Sol, foi a presenteada nesse último dia da mostra com uma programação de curtas do projeto Educavídeo de Gramado, de um curta gaúcho convidado e também da exibição do filme Tainá 2, às 18 horas, que é um apoio da Globo Filmes em parceria com o evento e aberto para toda a comunidade assistir.
Foto: Clara Beatriz
  Durante a tarde de hoje, aproximadamente 100 alunos com idade entre 7 e 11 anos acompanharam a sessão, muito animados e com os olhos atentos a tela instalada em uma das salas da escola e ainda receberam pipoca dos jovens do projeto Educavídeo, que mostraram um pouco do seu trabalho realizado na produtora para os alunos.
  Entre os curtas produzidos pelos jovens da Educavídeo que foram apresentados estavam “Canções de Uma Sonhadora” e o “O Tabuleiro”. O curta gaúcho apresentado foi o “E.T. Ronaldo”. A vice-diretora do turno da tarde da escola, Lisiane Pinto dos Santos, falou da expectativa dos alunos para receber a mostra, “Os alunos ficam bastante ansiosos, na expectativa de assistir os curtas e de ver os colegas que participam do projeto Educavídeo atuando. Eles estão realmente curtindo o espetáculo”, disse. Lisiane também comentou a importância da mostra na escola, “A importância é imensurável. A gente vê que os alunos estão engajados, que eles continuam interessados em continuar lendo e aprendendo cada vez mais”, ressaltou.
  Além da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, as outras quatro escolas que receberam a mostra Cinema nos Bairros foram a Escola Municipal Maximiliano Hahn, do bairro Carniel, a Escola Municipal Presidente Vargas, do bairro Av. Central, a Escola Municipal Moses Bezzi, do bairro Várzea Grande, e a Escola Municipal Dr. Carlos Nelz (CAIC), do bairro Moura. 


Cleisson Moraes, acadêmico do 1° semestre de Jornalismo na Universidade Feevale

O jovem ator do longa-metragem "Ausência", Matheus Fagundes fala sobre a filme e o Festival

Foto: Gustavo Heck


Em passagem pelo Festival, esteve presente o jovem ator Matheus Fagundes, divulgando o Longa de Chico Teixeira: “Ausência”, do qual atuou como protagonista. É a primeira vez que o ator participa do evento e vem à cidade de gramado. Confira a entrevista:

-  Matheus, qual foi o teu último trabalho? Tu tens algum filme que está sendo exibido aqui no Festival?
Tenho. Eu estou com um longa-metragem do Chico Teixeira, “Ausência”. Meu último trabalho foi a série da Globo, do Fernando Meireles, “Felizes para Sempre ”, que teve uma repercussão muito boa, foi recebida de uma forma muito bacana também em todo o território nacional e ganhou um prêmio de melhor seriado do ano no final de janeiro. E eu estou aqui com o longa do Chico, que é um trabalho que eu me orgulho muito, que também tem sido muito bem recebido em todos os festivais que têm ido. As pessoas têm recebido o filme de braços abertos. É muito bacana esse reconhecimento e esse retorno que a gente tem do público que tem assistido ao filme.
- E do que se trata o Longa “Ausência”?
O Longa conta a história de um menino de 15 anos, que está na transição da adolescência para a vida adulta, ele não é mais um menino, mas ele ainda não é um homem. É o Serginho. A gente vai acompanhando a trajetória dele ao longo da trama, e a vida vai impondo situações e circunstâncias para ele muito difíceis, e isso é muito doloroso pra ele, porque ele tem apenas 15 anos. Muitas vezes ele não sabe muito bem como lidar com aquilo. E o filme narra a história do Serginho, o dia a dia e a partir daí a gente vai vendo as coisas, as situações que vão ocorrendo no cotidiano dele e como ele vai lidando com isso.
- Já esteve no Rio Grande do Sul outra vez?
Não. É a primeira vez também aqui no Rio Grande do Sul, estou adorando! O Festival de Gramado é incrível! É um festival que tem um reconhecimento grandioso, reconhecido tanto no Brasil como no mundo. Está aqui com o filme para mim é motivo de muito orgulho, eu estou muito feliz e espero voltar muitas vezes
- Quais os teus futuros projetos na televisão?
Eu estou com um projeto televisivo, que eu não posso falar ainda o que é claramente. Mas eu posso adiantar que é sim um projeto para a televisão.

- E a partir de quando este novo projeto será lançado?
Realmente começa entre setembro e outubro, mas que vai ao ar, eu não sei ainda. Mas eu tenho dois trabalhos que estão para sair. O curta metragem do Cauê Nunes, que vai percorrer uma carreira de Festival Internacional e Nacional, espero que venha para Gramado no ano que vem e também uma série na HBO do Daniel Rezende, que eu fiz uma participação, que se chama “O Homem da sua Vida”, muito bacana. Sai agora no final do ano. Espero que desfrutem bem dos meus trabalhos e que gostem.


Entrevista: Daiane Rodrigues, acadêmica do 3º semestre de Publicidade e Propaganda

Diretor Tiago Vieira fala sobre o seu curta "Quando parei de me preocupar com canalhas"

Foto: Iasmin Kerber


  O diretor Tiago Vieira, do curta brasileiro “Quando parei de me preocupar com canalhas”, nos concedeu uma breve entrevista onde falou detalhes da produção do filme. O curta tem como tema embates políticos na sociedade. Confira:

- De onde surgiu a ideia da história?
Veio de uma leitura na revista Piauí onde eu vi a história em quadrinhos do Caco Galhardo. Me interessei muito, ao mesmo tempo estava na pegada de aprender a escrever roteiro de cinema e fui fazendo isso como exercício, assim foi a primeira ideia, e isso era em 2008.

- Como saiu a ideia de chamar Matheus Nachtergaele?
Eu não queria que o filme fosse financiado. E chegou uma hora que eu não tinha mais da onde tirar, esgotou a minha captação. Então pensei, vou partir para pessoas bem sucedidas do cinema. Aí procurei o Matheus no facebook, não conhecia ele, nem sabia se era ele de verdade ali, mandei o projeto e pedi se ele queria apoiar o projeto. E ele me respondeu dizendo que gostou muito da proposta, e perguntou: “quem vai ser o protagonista? ” E eu meio abismado falei: “você”. Trocamos telefone, conversamos e ele topou. Aí a história se multiplicou, era para ser uma coisa muito simples, e virou uma coisa enorme, que foi o resultado que conseguimos mostrar ontem.

- Quanto tempo de produção?
A produção de fato, 7 dias, 3 meses de pré-produção, aí se passou um ano, lentamente, fazendo a montagem e a finalização. 

- Tu sempre trabalhou nele pensando no Festival de Cinema de Gramado?
Sempre. Eu gosto de cinema, e pelo menos para mim esse é o momento principal, aqui é quando você consegue apresentar seu filme da melhor forma.


Solange Neitzke, acadêmica do 5° semestre de jornalismo da Universidade Feevale.

Lojistas relatam a queda nas vendas de chocolate

Foto: Bruna Beck

 A cidade de Gramado, além de ser muito atrativa por sua beleza arquitetônica e ambiente convidativo, também é famosa por seus chocolates. Sendo assim, fomos a algumas lojas de chocolate para conversar com os funcionários e saber como está a venda durante o 43º Festival de Cinema de Gramado.
  Dalva Alves da Silva, 43 anos, gerente da loja Chocolate Gramadense nos contou que este ano as vendas diminuíram e acredita que o principal fator para a queda nas vendas foi o calor. Dalva relatou ter percebido menos movimento na cidade, comparado com o mesmo período do ano passado.
  Elaine Fisch, 43 anos, trabalha na loja de chocolates Lugano há 13 anos, e afirma que mesmo com a semana do Festival de Cinema as vendas não aumentaram. Elaine comentou que este ano viu poucos artistas na cidade.

  Marli da Silva, 43 anos, vendedora na loja Caracol há 15 anos e falou que o mês de julho é o melhor período para as vendas, devido às férias de inverno. Ela afirma que há uma queda de mais ou menos 15% nas vendas este ano e também acredita que o calor influenciou no comércio. Marli destaca que viu a atriz Marília Pêra, o ator Kadu Moliterno e o também ator Marcos Palmeira passarem pela rua coberta.  

Gabriele Possebon, acadêmica do 3º semestre de Publicidade e Propaganda na Universidade Feevale

No último dia da Mostra de Festivais Internacionais, é exibido o longa “Os Gatos Não Ter Vertigens”



 Na tarde de sexta – feira, estivemos presente no último dia de Mostra de Festivais Internacionais, com a exibição do filme “Os Gatos Não Tem Vertigens”, ganhador do Festin, festival que acontece Portugal, do Diretor António-Pedro Vasconcelos, que conta a história de uma senhora chamada Rosa, viúva que é assaltada por um grupo de garotos, um desses meninos acaba criando laços com essa mulher que em meio a muitos sentimentos, vê no menino Jó uma esperança para seus dias solitários.
  Jó, por sua vez, veio de uma família conturbada, onde a mãe abandonou pai e filho, para constituir outra família, o pai de menino com o abandono se torna alcoólatra. Após anos sofrendo nas mãos do pai, no seu aniversário de 18 anos, Jó vai embora de casa e acaba encontrando Rosa, a senhora a quem tinha ajudado a assaltar, após algum tempo se tornam grandes amigos. Essa amizade muda por inteiro ambas as famílias, até que por suas vidas se encaminham da melhor forma possível.
  A sessão que aconteceu nessa tarde, emocionou e divertiu o público com a maneira, muitas vezes cômica como os problemas eram resolvidos. A Diretora Artística do Festin, Adriana Niemeyer, falou ao público presente que o filme foi o grande vencedor do festival, pois era simples e ao mesmo tempo passava uma mensagem de esperança e companheirismo.


Bruna Letícia Beck da Silva, 2º semestre de Publicidade e Propaganda na Universidade Feevale

Bernardo Dugin fala sobre o curta “S2” e dos seus próximos trabalhos

Foto: Ubiratan Júnior


   Conversamos com o ator Bernardo Dugin que atuou no curta brasileiro “S2”. Bernardo interpreta Renato, um jovem que realiza suas fantasias sexuais pela internet. Ele nos contou um pouco dos bastidores do filme e dos seus futuros trabalhos.
Confira a entrevista:

- Como tu teve a oportunidade de participar do curta?
   O Bruno me convidou para participar, então mandei todos os meus trabalhos para ele, já atuei em novelas da Globo, como “em Família”, onde eu interpretava o Lucas, que era apaixonado pela Bárbara. Depois que estava tudo certo, fui para Cuiabá para fazer as gravações, e fiquei impressionado, pois eles tem um equipamento muito bom lá também, os mesmos que temos no Rio de Janeiro. 
Foto: Ubiratan Júnior

- Vocês já tinham trabalhado juntos?
Não, nenhum de nós se conhecia. A gente teve dois dias de adaptação pra gente virar amigo, para tentar transparecer essa verdade nas telas do cinema. A Jaqueline (Roversi) é do Rio, a Renata (Sarmento) é de Maceió e morava em São Paulo, eu sou de Nova Friburgo e morava no Rio e o Osmar Silveira é de Mato Grosso e morava no Rio, mas incrivelmente não nos conhecíamos. Fomos descobertos pela internet e foi todo mundo pra Cuiabá, viramos amigos, e rodamos o filme em uma semana.

- Você já tinha vindo a Gramado?
 Para o Festival é a primeira vez, vim há alguns anos e ainda falei para a minha mãe: Um dia quero pisar neste tapete vermelho. E agora estou realizando esse sonho. 

- Qual a expectativa para amanhã, dia da premiação?
Ah, para mim já é uma vitória estar aqui. Se vir o Kikito, melhor ainda, mas já é uma vitória. 

- Quais são teus próximos trabalhos?
Eu estou em cartaz com o musical “Godspell” no Rio de Janeiro que é um musical da Broadway, estou com “S2”, e em dezembro vou estrear o filme “Deixe-me viver” que é um longa espírita do Clóvis Vieira. Em janeiro eu rodo outro longa metragem, mas esse não posso contar muito ainda, porque é segredo.

Solange Neitzke, acadêmica do 5° semestre de jornalismo da Universidade Feevale.


Pela primeira vez no Festival, ator Breno Nina fala de seu trabalho e expectativas

Foto: Daiane Rodrigues


  O longa-metragem “O Último Cine Drive-In”, do diretor Iberê Carvalho, é uma das películas concorrente ao Kikito no 43º Festival de Cinema de Gramado. Na trama o jovem operário, Malandrando, interpretado pelo ator Breno Nina, retorna a sua cidade natal por conta do estado de saúde de sua mãe. Chegando à Brasília ele reencontra seu pai, que é proprietário do último Cine Drive-In na cidade e decide manter o cinema, mesmo que já não havia grande números de espectadores, como nas décadas passadas.
  Breno Nina, que foi o protagonista do filme, conta que começou no teatro aos 13 anos de idade e sua primeira experiência com o cinema foi na faculdade, aos 18 anos, atuando em curta-metragem de amigos e colegas.
  Breno revela que quando foi convidado para participar do longa e ser o protagonista, o diretor Iberê Carvalho, pediu para que o ator que iria interpretar Malandrando, entendesse que aquele era o projeto da vida dele e não mais um filme que está sendo feito e o interprete respondeu: “Então ótimo, vai ser meu primeiro protagonista, meu primeiro longa na verdade, vai ser o trabalho da minha vida também”.
  O artista conta que se entende bem com o diretor que se preocupava com o bem-estar do elenco, ao ponto de parar a gravação ao sentir que o ator/atriz pode ser ajudado para render mais e chegar à onde o filme precisa. Além disso, ele dá muita liberdade autoral para o conjunto. “É um grande privilégio trabalhar com ele. Muito aprendizado, muito enriquecedor saber que eu estava trabalhando com alguém que estava ali, do meu lado, me ajudando”, destaca Breno sobre o trabalho com o diretor.
  O brasiliense participa pela primeira vez do evento, “O Festival de Gramado todo mundo conhece, todo mundo ouviu falar. Desde a época que eu fazia teatro já tinha noção do que era e com o tempo fui acompanhando mais, fui sabendo mais. E se um filme ganhou um prêmio em Gramado ou ator ganhou em Gramado, então eu ia assistir”, enfatiza o ator, que completa: “O filme entrar em Gramado para mim é meio que um sonho assim, tipo, ‘caramba, que bacana!’, depois de muitos anos acompanhando a distância, depois de muitos anos sendo inspirado pelas coisas que passam por aqui e poder vivenciá-los” afirma Breno.
  Amanhã (15) à noite ocorre a cerimônia de premiação no Palácio dos Festivais, e quando questionado sobre as suas expectativas para o Kikito de Melhor Filme e/ou Melhor Ator, “estou pensando em fazer um passeio de cavalo amanhã de manhã ou qualquer coisa que me distraia para não pensar nesse assunto”, brincou o ator.


Ubiratan Júnior, acadêmico do 3º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale.

Entrevista com a Secretária de Turismo de Gramado

Nesta manhã, a Secretária de Turismo de Gramado Rosa Helena Volk concedeu uma entrevista para a equipe da Agecom. Ela nos contou como Gramado se prepara para receber um evento como o Festival de Cinema. Confira a entrevista:


Secretária de Turismo Rosa Helena Volk
Foto: Mariana Iablonowsky
 – Como a cidade de Gramado se prepara para sediar grandes eventos como o Festival de Cinema?
 A cidade de Gramado tem uma dívida de gratidão para com o Festival, foi ele que colocou a cidade na mídia Nacional, no circuito de turismo e cultura e, até hoje, é o evento que mais nos traz mídia espontânea. Para nós é de extrema importância este evento e nos preparamos muito para isso. Nós temos em termos de infraestrutura de cidade, entre hotéis e pousadas, 13 mil leitos e 167 bares e restaurantes, além disso temos um comércio bastante qualificado e muitos atrativos para as pessoas que buscam, além do glamour da sétima arte, atividades e entretenimento.

– Qual a expectativa de público para o último dia do Festival, que acontece amanhã?
 Nós sabemos que desde o início do festival já temos uma grande movimentação na cidade e isso se intensifica a partir da quinta-feira. Esse movimento é perceptível também pela quantidade de eventos que acontecem paralelamente ao festival em toda a cidade, como as festas. Nós calculamos que nos dez dias de evento teremos por volta de 300 mil pessoas em toda a cidade.

– Em relação a crise econômica do País, houve algum impacto no Festival de Cinema?
Foto: Mariana Iablonowsky
 Nós tivemos o mês de julho como o melhor dos últimos dez anos, podemos levar em consideração o aumento das moedas estrangeiras para explicar o aumento da movimentação do turismo interno e pelo fato de Gramado estar bastante inserido na mídia e ter sido considerado o melhor destino turístico do Brasil pelos usuários do TripAdvisor. O Facebook publicou que Gramado é a cidade da América do Sul que tem mais check-in de lua de mel, pelo 5º ano consecutivo ganhamos o prêmio de melhor destino de inverno que a revista Viagem e Turismo promove em todo o Brasil. Acredito que esse aquecimento ainda se manifesta pelo fato da movimentação midiática que faz com que o turista se lembre da cidade. Este incremento ainda se estende no mês de agosto, tanto que a nossa Hotelaria está com 98% de ocupação e tem mantido isso durante todo o período do mês. Desta forma, acho que nesse aspecto nós ainda não sentimos a crise, sabemos que a hotelaria e gastronomia estão muito bem, os parques tiveram um incremento de visitação, mas parece que o comércio já sente um pouco de desaquecimento, conforme o Sindi-lojas e o CDL nos pontua nessa parte. Contudo o Festival de Cinema vem acontecendo de forma ininterrupta por 43 anos e já passamos por muitos problemas e dificuldades que foram até mais difíceis que a falta de dinheiro, como na época em que o Brasil não tinha produção de filmes nacionais, quando foi fechada a Embrafilme, então o Festival está acostumado a vencer desafios.

– Qual a estratégia de abordagem do “Gramado Inesquecível”, que é o atual slogan da cidade? O que torna a cidade de Gramado inesquecível para as pessoas?
  Para se construir uma cidade, um destino específico, as ações devem ser planejadas a longo prazo, e sem possuir inicialmente uma mídia muito forte e com 34 mil habitantes possuindo um orçamento proporcional, sendo uma cidade pequena as primeiras iniciativas e planejamentos são muito importantes. Então, o que se fez; lá atrás, em 1973, muitas decisões já foram tomadas; o nosso plano diretor já foi instituído com a altura dos prédios e o estilo arquitetônico, isso fez com que a nossa cidade não tivesse arranha céus, que todas as casas tivessem um estilo próprio e adequado ao ambiente; também foi instituída a disciplina de educação para o turismo em toda a grade curricular da rede municipal de ensino obrigatoriamente, por tanto o conceito de hospitalidade vem sendo instituído desde aquela época; depois se fez a lei da cidade limpa e a lei da placa; nós não temos outdoor em todo o perímetro do município, não só no centro urbano, isso fez com que a natureza se ressaltasse e tudo que tem aqui foi fruto de empreendedorismo da nossa gente. Estou contando isso tudo porque foi isso que que construiu a nossa cidade, mas o grande diferencial que nós temos aqui é a nossa cidade, o nosso gramadense, aquele que nasceu aqui ou que escolheu a cidade para morar e entende a grande importância que tem o turismo e que hoje movimenta 85% da nossa economia, ela gira em torno da movimenta turística. Nós temos uma cidade limpa, segura, diferenciada e sabemos que temos que tratar bem o nosso turista. Entendemos que o turismo é a arte do encantamento, e quando a pessoa viaja ela quer encontrar isso; eu acho que as pessoas quando vem a Gramado saem daqui encantadas, e é por isso que a cidade se torna inesquecível, aqui o turista é Rei!


Vanessa Garcia, acadêmica do 9° semestre de Relações Públicas da Universidade Feevale.

Entrevista com a produtora Niny Ring

   Após a coletiva de imprensa do filme “Quando Parei de Me Preocupar com Canalhas” , conversamos com a produtora do filme Niny Ring. Ela já trabalhou como assistente de produção em produtoras como Bossa Nova Filmes, Delicatessen Filmes, Onírica Studios, entre outros. Ela foi a primeira a integrar a equipe do diretor Tiago Vieira. Confira a entrevista:

Niny Ring
Foto: Daiane Rodrigues da Cruz

- Porque tu aceitaste fazer o filme com o Tiago?
 Na verdade eu fiquei muito feliz por ele ter feito o filme comigo. Eu montei a Araruna Filmes em 12/12/12 e meu objetivo era de divulgar iniciativas para melhorar o mundo. Eu acredito muito no cinema como uma ferramenta de transformação social, e em 2012 o mercado estava um pouco complicado e comecei a olhar mais para as ONGs e institutos e pensei “ONG, você não tem um filme, você está precisando”, e eu achei projetos muito legais, mas eles não tinham verba para a produção, no máximo tinha 500 reais e eu dividia com meus amigos e a gente fazia um filme com pouca verba. Uma faculdade chamada ESPM me ligou falando que souberam que eu tinha uma produtora e me convidaram para ir bater um papo com eles, pois gostariam de fazer um filme. Eu fui lá e fechei um contrato de 6 meses com eles e naquele dia mesmo surgiu no meu Facebook uma mensagem do Tiago falando “oh, tô pensando em produzir... sabe aquele filme que te falei que abordava corrupção...”. Eu pensei e achei demais e topei fazer.
Alguns integrantes da equipe de produção
do filme vieram até Gramado.
Foto: Daiane Rodrigues da Cruz

- O que tu achaste do tema do filme?
 Encantador! Eu acho que é algo realmente incomodo que paira na sociedade. A corrupção e a forma como as pessoas pensam nelas e eu acredito que tudo isso tá na educação. Acho que tudo vem da educação, da escola.

- Tu pretende continuar em parceria com o Tiago para algum próximo filme ou curta?
 Sim, inclusive ele está dirigindo um curta. Nós já captamos 60% da verba e falta ainda conseguirmos o resto. É um filme que se chama “Resíduo O” que fala de reciclagem e a construção de coisas pensando no descarte dela. O objetivo disso tudo é na verdade mostrar para as pessoas com o humor que a reciclagem não é errada, ela é importante mas não foi adicionada para nós como uma coisa normal.

- És o teu primeiro festival de cinema em Gramado?
 Sim, é meu primeiro festival, sou nova... tenho 26 anos.

- Qual a tua expectativa para a premiação amanhã?
 Para mim nós já estamos premiados só de estarmos aqui. Não há mais nada que eu possa desejar, porque estar aqui, sendo indicada já é um grande prêmio e honra. E ganhar ou não ganhar, depende dos competidores, dos curadores... E pra mim já é uma vitória chegar até aqui.


Gustavo Heck, acadêmico do 2° semestre de jornalismo da Universidade Feevale.

Coletiva de imprensa de “O corpo” e “ Quando parei de me preocupar com canalhas”



Foto: Divulgação
   Aconteceu na manhã desta sexta-feira, na sala do Recreio Gramadense, o debate de dois curtas brasileiros exibidos na noite de ontem. Estiveram presentes o Diretor Lucas Cassales, a produtora Alice Castiel e o ator César Troncoso de “O corpo”. Do filme “Quando parei de me preocupar com canalhas” compareceu a produtora Niny Ring e o Diretor Tiago Vieira.
   Eles contaram alguns detalhes durante a produção dos curtas e como entraram em contato com os atores. “O corpo” conta a história de um menino que encontra um corpo no meio da mata. O diretor Lucas Cassales falou como foi a preparação com ator de 12 anos “O trabalho com ele foi muito tranquilo, tivemos muito contato com a família dele, e eles confiaram no nosso trabalho”.
   Alice Castiel também falou como entrou em contato com o ator César Troncoso “Quando escrevemos o roteiro, logo pensamos, queremos o César, então, mandei email, mensagem no facebook, até encontrá-lo”. Segundo a produtora, ela não esperava que ele iria aceitar o convite.
   “Quando parei de me preocupar com canalhas” é baseado em uma história em quadrinhos de Caco Galhardo que saiu em 2008, sobre embates políticos na sociedade. Na época o diretor Tiago Vieira não tinha verba para o projeto, por isso o engavetou. Sem conseguir atingir a meta financeira para produzir o curta, ele teve a ideia de chamar um ator que já estivesse consagrado, era ele Matheus Nachtergaele.
Foto: Daiane Rodrigues

   Tiago fala da importância do ator para o filme “Eu sou um diretor novo e para mim Matheus é um dos melhores atores do cinema nacional, de repente eu estava com ele do meu lado, e ele me deixou muito confortável,
   A produtora Niny Ring destaca “O filme trata de problemas que vem borbulhando na sociedade e é uma coisa que vai ser recorrente enquanto não tiver um aprimoramento na educação”.


  


Solange Neitzke, acadêmica do 5º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale.

Ator uruguaio César Trancoso fala da importância do Festival em sua carreira

 
Trancoso já recebeu dois Kikitos por suas atuações e já fez parte do Júri no Festival de Cinema de Gramado
Foto: Juliana Barreto

 O ator uruguaio César Troncoso, que já foi jurado do evento em 2012 na categoria de Longas Estrangeiros e também já levou dois Kikitos para casa, em 2007 sendo o protagonista do filme “O Banheiro do Papa” e em 2013 pela atuação em “O Oeste do Fim do Mundo”. Em 2015 o ator volta a cidade com a participação no curta-metragem “O Corpo”, de Lucas Cassales, que já venceu na categoria de curtas-gaúchos nessa edição, levando os prêmios de melhor roteiro, melhor fotografia, melhor direção e melhor filme. A produção também concorre aos prêmios na categoria de Curtas-Brasileiros que serão conhecidos amanhã à noite, no Palácio dos Festivais.
  “Já recebi dois Kikitos, mas o primeiro que foi o Kikito que ganhei pela ‘O Banheiro do Papa’, mudou a minha vida. A participação do filme no Festival, para mim foi um mundo de ficção na minha vida, porque na verdade eu trabalhava no cinema e no teatro no Uruguai. Eu comecei a trabalhar no Brasil, isso não teria acontecido se não fosse pela presença no Festival e pela visibilidade que isso me deu como ator”, enfatizou Troncoso.
Foto: Juliana Barreto
  
  O ator também participou de produções no cinema brasileiro, como “Em teu nome” de Paulo Nascimento e “Faroeste Cabloco” de René Sampaio. No Brasil, Trancoso também atuou em “Flor o Caribe” novela que foi exibida no vespertino da Rede Globo, em 2013. E sobre a experiência de trabalhar em uma telenovela na considerada maior emissora no Brasil, Trancoso destaca que, “O trabalho na Globo é ótimo. Você trabalha ali, você sabe que sempre vai estar bem atendido, bem cuidado. O profissionalismo da TV Globo é incrível, então você sabe que vai ser um trabalho de boa qualidade”.
  No dia 23 de agosto ocorre o lançamento da série “O Hipnotizador”, produção de HBO Brasil, com participação de Trancoso no elenco.O ator contou que participou do filme gaúcho “Prova de Coragem”, de Roberto Gervitz, contracenando com Mariana Ximenes e Armando Babaioff, a estreia acontecerá no ano que vem. Trancoso também revelou que há possibilidade de trabalhar em outras produções gaúchas, porém não falou detalhes.

O artista permanece em Gramado até amanhã à noite, na cerimônia de encerramento e premiação do Festival. 

Ubiratan Júnior, acadêmico do 3º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale.

Experiências regionais de parcerias ANCINE & FSA são temas de debate no 43º Festival de Cinema de Gramado



Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto
  Ocorreu na tarde de ontem, 13, o debate sobre os fundos de amparo aos audiovisuais, na sala de debates do Recanto Gramadense. Sergio Fidalgo, de Brasília, Alfredo Bertini de Recife, Liegi Nardi da IECINE e Patrícia Berg da FUMPROARTE de Porto Alegre, falaram sobre suas vivencias e projetos em relação ao audiovisual, o mediador do debate foi o mediador do Festival, Marcos Santuário.
  Sergio Fidalgo, coordenador do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro este ano está assumindo a subsecretaria de promoção e difusão cultural, trouxe ao debate dados referentes ao FAC, que são editais lançados para audiovisuais. Filgado apontou uma estimativa desde 2010 a 2013, que totalizando foram 151 projetos contemplados pelos editais, sendo eles curtas e longas-metragens, com investimento em cerca de 26 milhões.
  No ano passado a cidade de Brasília teve a criação de um edital de produção de audiovisual da parceria do FAC com a ANCINE, que vão injetar mais recursos ainda para o fundo de produção audiovisual.Para esse ano o edital ainda não foi lançado e no ano passado o edital foi interrompido porque uma produtora entrou na justiça, pois entenderam que estavam sendo injustiçados e o caso está sendo analisado judicialmente.
  Alfredo Bertini, diretor do Festival de Cinema do Recife, afirmou “estamos vivendo um problema de ordem econômica que todos percebem e evidentemente que isto traz algumas preocupações com relação a produção, que já são de uma certa maneira complexos e burocratizados”.
  Liegi Nardi, diretora do Instituto Estadual de Cinema, relata que o governo atual não está podendo prever nada, pois infelizmente o Estado está com as contas bloqueadas. E a expectativa para o final do ano é um déficit de 5 bilhões e que esse fator pode ser prejudicial para as produções no estado.
  A representante do FUMPROARTE de Porto Alegre, Patrícia Berg, trouxe ao debate a sua visão municipal, contando a experiência que teve na gerencia no FUMPROARTE. O fundo foi criado em 1993, e apoia seis áreas, sendo artes cênicas, artes visuais, música, patrimônio, moda e literatura. Patrícia assumiu em 2013, levando a proposta de repensar o fundo e os editais. 


Monique Silva, acadêmica do 2º semestre de Relações Públicas na Universidade Feevale.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Educavídeo na escola Dr. Carlos Nelz


   


   Sessões de cinema do Projeto Educavídeo aconteceram hoje à tarde na escola Municipal Dr Carlos Nelz, no Bairro Moura em Gramado.            Foram exibidos 6 curtas-metragens e o filme “O ano em que meus pais saíram de férias”, com apoio da Globo Filmes. Os alunos das séries finais do Ensino Fundamental se reuniram no auditório da escola.
Bruna Moura de Souza
   A aluna Bruna Moura de Souza, de 14 anos foi diretora de fotografia do curta “Cindy Pop” e destaca “O maior desafio era achar o ponto certo da câmera para poder ajudar, além disso também ajudava no que precisasse”.
   Os alunos foram orientados durante as produções pelos professores e alguns profissionais, Bruna falou da importância deles na construção do filme “Os professores me ajudaram muito, se não fosse por eles eu não teria conseguido”.
   É a primeira vez que Bruna participa do Projeto Educavídeo, ela diz que no futuro quer seguir no ramo do audiovisual “Eu pretendo seguir essa carreira, porque é uma das melhores coisas que eu faço e que eu mais gosto”.
 
   Durante esta semana já aconteceram 4 sessões em escolas de Gramado. Amanhã é a vez da Escola Nossa Senhora de Fátima receber o evento.


Solange Neitzke, acadêmica do 5° semestre de jornalismo da Universidade Feevale.
Fotos: Gustavo Merolli

Turistas aproveitam Gramado

Foto: Ana Antunes
Possuidora de riquezas naturais exuberantes, e sendo uma das cidades mais importantes do Rio Grande do Sul, Gramado é uma cidade marcada por muitas belezas e com seu clima normalmente frio, atraindo muitos turistas.
Junto com sua família, Natália Oliveira, de Minas Gerais, afirma que veio para a cidade a procura do frio, conhecer os parques, degustar o bom vinho da região e se deliciar com os chocolates, além de querer conhecer boa parte da serra. Ela afirma que “ Vim em busca do frio, porque na nossa região não tem, mas infelizmente eu não encontrei.  Mesmo assim conseguimos aproveitar muito, pois a beleza da cidade ajuda bastante ”.
O município conta com diversas lojas de artes, calçados e bolsas, chocolate caseiro, malharias, e também se destaca com os restaurantes de comidas típicas da região, o que chama muito a atenção dos turistas de vários cantos do país.

Como o enfoque nos últimos dias está sendo voltada para o Festival de Cinema de Gramado, o que recebe a presença de muitas celebridades, Jesus Alberto Herrera diz “Não vim em busca de encontrar alguma celebridade e sim apreciar a beleza da cidade, independentemente de estar na época de Festival”.

Rosana Tainá Salvador, acadêmica do 2º semestre de Jornalismo

Gramado é a primeira cidade no Brasil com loja de Grife própria

Foto: Ana Antunes


  Gramado é a primeira cidade brasileira que contém sua própria grife. É um projeto criado pela Prefeitura que está localizado na Avenida das Hortênsias, junto ao Centro de Informações Turísticas, no centro.
Foto: Ana Antunes
  A Griffe Gramado tem o objetivo de disponibilizar produtos souvenir para que o visitante possa adquirir uma lembrança do lugar mais visitado da serra gaúcha. A loja tem o slogan “Gramado Inesquecível”, contém uma quantidade de produtos bastante diversificados, como por exemplo: aromatizantes, canecas, chocolates, camisetas, malhas e até mesmo lembrancinhas do Kikito, troféu do Festival de Cinema que está na sua 43º Edição.
 Segundo Nena David, gerente do local, a aceitação e a quantidade de frequentadores, se mostra gratificante. “Com a inauguração em abril e estando em fase de experiência, as vendas estão sendo muito satisfatória, e todos os produtos que estão à venda são voltadas a qualidade e a beleza do ponto turístico”, afirma a gerente.

Rosana Tainá Salvador acadêmica do 2º semestre de Jornalismo da Universidade Feevale

Abraccine faz Assembleia Geral em Gramado

Mesa da diretoria foi presidida por Paulo Henrique Silva (1º tesoureiro),
Luiz Zanin Oricchio (Presidente) e Ivonete Pinto (Vice-presidente) Foto: Gustavo Merolli

Membros da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) se reuniram no Hotel Serra Azul, de Gramado, para uma Assembleia Geral, afim de discutir aspectos de gestão da organização. A reunião acontece todo ano na cidade durante o Festival de Cinema e é um dos vários encontros nacionais do grupo.
Ivonete Pinto, vice-presidente da Abraccine, falou sobre como interessados em serem membros da organização podem se inscrever: “É necessário que o candidato seja crítico há pelo menos dois anos. Ele envia seus textos e aí há uma análise e votação da diretoria para decidir se ele está apto”. Ivonete ainda falou da necessidade de critério na escolha de membros, pois, segundo ela, há pedidos de associação de diversas pessoas que não estão aptas ao cargo, pois não atingiram as qualidades de crítico requisitadas.
Perguntada sobre a importância da reunião de críticos no Festival de Gramado, Ivonete falou: “Todos os festivais são importantes para os críticos, pois tem essa possibilidade de contato com diretores e equipes. Fora isso, o festival é um espaço de resistência do cinema. É para ver cinema em tela de cinema, porque senão ele se perde, todo mundo fica em casa vendo Netflix ou assistindo filmes no seu computador”.

Giancarlo Couto, acadêmico do 7º semestre de Jornalismo

Diretor e atriz do curta-metragem “Haram” falam sobre suas expectativas para a premiação

  
Foto: Juliana Barreto

  Max Gaggino, diretor do curta metragem “Haram” e a atriz Luciana Fernandes declaram que estão muito felizes com a indicação ao Kikito, “nos primeiros dois festivais que foi escrito o curta, o Festival de Génova na Italia e o 43ª Festival de Cinema de Gramado, foram selecionados em ambos”, afirma Gaggino. O diretor aponta que espera levar o Kikito para casa, “a aceitação do curta-metragem está sendo muito boa, que o público está gostando e entendendo o filme”.
  A película conta a história de uma mulçumana que veio refugiada da guerra na Palestina para Salvador, que conhece sua vizinha, uma menina de dez anos que mora perto da sua casa.
  Para Gaggino, o público se identifica com o que vê, por se tratar de uma história que fala de pessoas e das diferenças culturais. A mensagem que o filme representa é de que duas pessoas que não falam a mesma língua, que vem de dois lados completamente diferentes do mundo, duas mulheres como Salwa e Felicia, às vezes, tem os mesmos problemas, então o curta-metragem traz esse intercâmbio cultural, que tem tudo para não acontecer, mas acaba acontecendo.
  Gaggino acredita que o público entendeu a mensagem, um filme simples, orgânico, tem tudo para ser entendido. Além de ser um filme comercial. E se diz muito feliz com a aceitação do público.
  A atriz que interpreta Salwa, Luciana Fernandes, conta que está muito feliz com a indicação do curta, que o filme foi produzido na expectativa de acertar, mas que a carreira de atriz é difícil. A atriz relata que já fez muitos curtas e revela, “este está sendo especial, o processo foi de um mês para a preparação da personagem”.
  Luciana conta que usou durante um mês a burca em todos os locais que frequentava, desde o mercado até locais onde o curta-metragem seria gravado, em Salvador. E revela “queria estar preparada para as gravações da produção, pelo fato do local das gravações serem muito quentes”. E completa, “foi um processo difícil, mas também muito prazeroso”.
  A atriz também falou sobre a cidade de Gramado, elogiou a organização do evento e disse que a cidade parece uma casa de boneca, tudo perfeito e muito diferente. 

Monique da Silva, acadêmica do 2º semestre de Relações Públicas da Universidade Feevale