sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Entrevista Lucas Cassales

O jovem cineasta Lucas Cassales, diretor do curta metragem "O Corpo" levou quatro premiações na competição Mostra de Curtas Gaúcho deste 43º Festival de Cinema de Gramado. Em entrevista fala de sua trajetória, o filme premiado e da produção cinematográfica no Rio Grande do Sul.

Sobre esse início na carreira cinematográfico?
A ideia era focar em cinema e produção audiovisual, então se fez uma média de 18 curtas metragens sendo que alguns rodaram em festivais e outros passaram no Canal Brasil, curtas para TV, e agora estamos começando a realizar os primeiros trabalhos de longa metragem, finalizando um longa dirigido pelo Daniel de Bem e ano que vem produzimos um longa metragem.
O que tu pode falar sobre curta metragem "O Corpo"?
Um curta metragem sensorial, fabular na questão da sociedade gaúcha, com conservadorismo de uma maneira não explicita.

Qual a importância das premiações da Mostra de Curtas Gaúchos?
É importante para ter um reconhecimento no estado, para o currículo também,foi muito trabalho ganhar os Kikitos nas categorias de fotografia, roteiro e direção.

O que tu pensa do desenvolvimento de curtas metragens no estado?
A cena cinematografia gaúcha nunca esteve tão interessante, apesar de ter dificuldades de produzir longa metragens, mesmo assim continua-se encontrando uma forma de financiar. É uma questão política, se a cultura deve ser valorizada. 

Esse ano Festival de Cinema de Gramado tem a Mostra Especial de Longas Gaúchos em exibição, o que tu analisa desse novo espaço para o cinema gaúcho? 
Mesmo que ainda seja um embrião já é importante, mesmo ainda não seja o ideal, muitos deles foram contemplados em editais e assim se consegue exibir estes filmes.

Como estas premiações tu pretende levar o curta metragem "O Corpo" para outros festivais?Espero que sim, vai ser exibido na Mostra de Curtas Nacionais, já exibimos no Festival de Cinema de Tiradentes e agora vamos para o Festival de Cinema de Brasília.

O Estado do Rio Grande do Sul tem alguns cineastas como Gerbase, Furtado e outros muito reconhecidos, como estes cineastas influenciam a nova geração do cinema gaúcho?
O Gerbase inclusive foi meu professor, e estes cineastas foram os que fizeram filme quando ninguém fazia cinema no Rio Grande do Sul. Creio que isso possa propiciar e diversificar o cinema.

Queria que tu falasse destas escolas de audiovisual que surgiram no Rio Grande do Sul na última década?
Foram primordiais para o surgimento de novos cineastas, porque antigamente se pegava uma câmera e se tentava fazer cinema, o que não se conseguia. Mas estes cursos de audiovisual que surgiram na Unisinos, Puc e em escolas do interior do estado propiciam que se possa estudar cinema antes de ser um profissional.

E como distribuir estes filmes?
Os curta metragem tem exibição bem restrita, não tem lançamento comercial como no cinema tradicional, por isso que os festivais de cinema acabam sendo importantes. O que proporciona visibilidade para equipe e realizadores dos filmes que estão no Festival de Cinema de Gramado. Ou a possibilidade de tentar vender estes filmes para televisão.


Felipe Scheibe, acadêmico de 6º semestre de Jornalismo na Universidade Feevale

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