segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Chega ao fim o 42º Festival de Cinema de Gramado

Cerimônia de Premiação
(Foto: Edison Vara)
Após 9 dias de programações, chega ao fim o 42º Festival de Cinema de Gramado. O evento além de celebridades, como Daniela Escobar, Nill Marcondes, Airton Graça, entre outras, atraiu turistas do país e do exterior. Foram ao todo 43 filmes concorrentes ao Kikito do Festival desse ano, sendo, 16 filmes na categoria Curtas Gaúchos, 14 na categoria Curtas Brasileiros, 8 na categoria Longas Brasileiros e 5 na categoria Longas Estrangeiros. O Festival também contou com o Cinema nos Bairros, exibindo curtas-metragens produzidos por jovens estudantes das escolas municipais da cidade. Além de premiar as produções, os atores, atrizes, diretores, fotógrafos, roteiristas, montagem, desenho de som e trilha musical também foram premiados em suas categorias. A cerimônia de premiação ocorreu na noite do último sábado, dia 16, no Palácio dos Festivais. Confira a lista dos vencedores:

Longas-Metragens Brasileiros:  
Melhor Filme: “A Estrada 47”, de Vicente Ferraz
Melhor Direção: Marcelo Galvão, por “A Despedida”
Melhor Atriz: Juliana Paes, por “A Despedida”
Melhor Ator: Nestor Xavier, por “A Despedida”
Melhor Atriz Coadjuvante: Andrea Buzato, por “Os Senhores da Guerra”
Melhor Ator Coadjuvante: Paulo Betti, por “Infância”
Melhor Desenho de Som: Branco Neskov, por “A Estrada 47”
Melhor Trilha Musical: Alceu Valença, por “A Luneta do Tempo”
Melhor Direção de Arte: Moacyr Gramacho, por “A Luneta do Tempo” 
Melhor Montagem: Tina Saphira, por “Infância”
Melhor Fotografia: Eduardo Makino, por “A Despedida”
Melhor Roteiro: Domingos de Oliveira, por “Infância”
Prêmio Especial do Júri (1): “Os Senhores da Guerra”, de Tabajara Ruas
Prêmio Especial do Júri (2): Fernanda Montenegro, por  “Infância”
Melhor Filme (Júri Popular): “O Segredo dos Diamantes”, de Helvécio Ratton
Melhor Filme (Júri da Crítica): “Sinfonia da Necrópole”, de Juliana Rojas 

Longas-Metragens Latinos:
Melhor Filme: “El Lugar Del Hijo”, de Manuel Nieto
Melhor Direção: Moisés Sepúlveda, por “Las Analfabetas”
Melhor Atriz: Paulina Garcia e Valentina Muhr, por “Las Analfabetas”
Melhor Ator: Felipe Dieste, por “El Lugar Del Hijo” 
Melhor Fotografia: Arnaldo Rodriguez, por “Las Analfabetas”
Melhor Roteiro: Manuel Nieto, por “El Lugar Del Hijo”
Melhor Filme (Júri da Crítica): “El Crítico”, de Hernán Guerschuny
Prêmio Dom Quixote: “Las Analfabetas”, de Moisés Sepúlveda 

Curtas-Metragens:
Melhor Filme: “Se Essa Lua Fosse Minha”, de Larissa Lewandowski
Melhor Direção: Gustavo Vinagre, por “La Llamada” 
Melhor Atriz: Rafaela Souza, por “Carranca”
Melhor Ator: Guilherme Silva, por “Carranca”
Melhor Desenho de Som: Guga Rocha, por “História Natural”
Melhor Trilha Musical: “Sem Título #1: Dance of Leitftossil”
Melhor Direção de Arte: Caio Ryuichi Yossimi, por “O Coração do Príncipe”
Melhor Montagem: Carlos Adriano, por “Sem Título #1: Dance of Leitftossil”  
Melhor Fotografia: Giovanna Pezzo, por “La Llamada”
Melhor Roteiro: Caio Ryuichi Yossimi, por “O Coração do Príncipe”
Prêmio Especial do Júri: “O Clube”, de Allan Ribeiro
Melhor Filme (Júri Popular): “A Pequena Vendedora de Fósforos”, de Kyoko Yamashita
Melhor Filme (Júri da Crítica): “La Llamada”, de Gustavo Vinagre
Prêmio Canal Brasil: “A Pequena Vendedora de Fósforos”, de Kyoko Yamashita

O 42º Festival de Cinema de Gramado também homenageou ao longo da semana, nas programações do evento, grandes nomes do cinema brasileiro e latino. O ator Rodrigo Santoro recebeu o Troféu Cidade de Gramado, que destaca nomes que tiveram envolvimento com a cidade gramadense e o Festival, contribuindo para a divulgação de ambos. O Kikito de Cristal faz referência a grandes expoentes do cinema latino-americano, e nesse ano, foi destinado ao ator Jean Pierre Noher por sua carreira que conta com cerca de 40 filmes latino-americanos. O fotógrafo e cineasta Walter Carvalho recebeu como homenagem, o Troféu Eduardo Abelin, que destaca grandes cineastas, diretores e entidades do cinema brasileiro. Flávio Migliaccio recebeu o Troféu Oscarito, homenagem a atores e atrizes de destaque no cinema nacional. 

Ubiratan Júnior, acadêmico do 1º semestre da Universidade Feevale.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Entrevista com atores mirins do filme Infância




Raul Guaraná, 10 anos e Lucca Valor, 12 anos, estreiam no filme Infância dirigido por Domingos de Oliveira. O filme disputa o Kikito na categoria de longas brasileiros. Confira a entrevista no vídeo acima. 

Camila Freiberger Pereira, Acadêmica do 1º semestre da Universidade Feevale.

Entrevista com Roger Lerina






O jornalista, colunista do Segundo Caderno da Zero Hora e
apresentador do Programa do Roger na TV COM, conversou com acadêmicos da
Universidade Feevale, na última quinta-feira, dia 14. Durante a conversa,
Lerina revelou quais as produções que considera favoritas na categoria de
Longas Brasileiras e ainda expressou sua opinião sobre o Festival de Cinema.


Ubiratan Júnior, Acadêmico do 1º semestre da Universidade
Feevale.

Entrevista com o prefeito Nestor Tissot



Gramado apresenta a 42º edição consecutiva do Festival de Cinema e o prefeito Nestor Tissot fala sobre a repercussão do evento e o quão importante é para a cidade: “Outras cidades queriam o Festival, eu e toda a prefeitura batemos o pé de que o evento permaneceria em Gramado. O Festival é muito importante para a nossa economia, que vive basicamente de turismo. Gramado é muito conhecida por ser sede do Festival de Cinema”.
Perguntado se acredita que a cidade e o Festival são sinônimos em questão de glamour o prefeito diz que tem um retorno bastante satisfatório e que artistas, turistas e moradores se encantam com a cidade da serra gaúcha: “Temos uma cidade bastante diferenciada do resto do país.”

Sobre o evento de 2015 Tissot afirma que a GramadoTur, empresa responsável pela organização dos eventos de Gramado, está empenhada em fazer com que o Festival cresça a cada ano, melhorando e desenvolvendo uma estrutura melhor para ter uma maior interatividade com a população da cidade trazendo-os para dentro do Palácio dos Festivais.



Confira a entrevista completa no vídeo acima.

Mônica Pereira, acadêmica da Universidade Feevale

Crítica: Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas

"Sinfonia da Necrópole", de Juliana Rojas
(Foto: Divulgação)
Com pesar de morte que adentramos no mundo do cemitério. À parte de uma São Paulo que cresce para todos os lados, principalmente para cima, a necrópole sofre do mesmo mal, a falta espaço. E para crescer e avançar, reocupando e otimizando os espaços, é necessário fazer realocações. Sobra para os mais fracos, para os mudos, para os mortos. É com esse tom de pesar que Sinfonia da Necrópole começa. Temos imagens paradas de estátuas silenciosas no cemitério e ao fundo apenas o som da cidade que se movimenta perto dali. Desavisados poderiam pensar que tudo se trata de um drama, mas logo o filme de Juliana Rojas mostra o seu tom extremamente satírico. Um aprendiz de coveiro que desmaiou em pleno enterro, pois não aguenta lidar com os mortos.

Deodato (Eduardo Gomes) é o aprendiz de coveiro. Rapaz desajeitado, tem dificuldades com o trabalho pesado, mas facilidade com a poesia e com a música. Deodato sabe que seu lugar não é ali, porém permanece por falta de algo melhor. Ganha um motivo maior ainda quando chega ao cemitério a agente funerária Jaqueline (Luciana Paes). Ela está ali para fazer um mapeamento do cemitério, a fim de realocar túmulos abandonados e esquecidos, para que no lugar destes possa ser construído um grande prédio que abrigue novas jazidas.

Sendo uma mistura de musical com comédia non sense, Sinfonia da Necrópole surpreende por conseguir trazer à tona momentos pesados com leveza. As músicas são divertidas e ao mesmo tempo melancólicas, repletas de poesia em suas letras. Deodato é um protagonista incrível, acompanhado por coadjuvantes igualmente competentes e com peculiaridades cativantes. A câmera ousada de Juliana Rojas não tem medo de usar zooms – coisa brega, segundo alguns – e acompanhar os personagens durante as músicas, tudo ao contrário do clima pesado do início.


Sinfonia da Necrópole surge no momento certo, mostrando que o cinema brasileiro se encaminha de vez para sua grande retomada. O cinema de gênero, algo que se perdeu no tempo, parece se tornar cada vez mais usual nas produções nacionais. Tempos atrás seria difícil ver um musical brasileiro sendo lançado, hoje podemos nos surpreender com a versatilidade de diretores da nova geração, que buscam inovar. E que sigam assim, temos muitas mais sinfonias para ouvir antes de passar dessa para a melhor.

Giancarlo Couto, Acadêmico do 5º Semestre Universidade Feevale

Jean Pierre Noher, é homenageado com o Kikito de Cristal

Jean Pierre Noher é o homenageado com o Kikito de Cristal
(Foto: Leonardo Santos/Feevale)
O evento de cerimônia para homenagear o ator francês Jean Pierre Noher com o Kikito de Cristal, ocorreu na noite da última quinta-feira (14), no Palácio dos Festivais em Gramado. Noher já coleciona cerca de 40 filmes em sua trajetória no cinema latino, atuou em filmes como: “Diários de Motocicleta”, “Redentor”, “Un peso, Un Dolar”, “La Mina”, “Chico Xavier” e “O Homem do Futuro”. Além do cinema, o ator conta com interpretações em novelas, como, “Flor do caribe”, “Avenida Brasil” e recentemente, “O Rebu”.

Em 2001, Noher ganhou um Kikito especial no Festival de Cinema de Gramado, por sua atuação no longa metragem “Um Amor de Borges”, que no mesmo ano foi premiado no Festival na categoria principal de mostra estrangeira.

Ainda continuo muito emocionado. Foi muito especial, nunca pensei em receber o prêmio, trabalhamos, mas não pensamos nisso, é apenas uma consequência. Minha carreira praticamente iniciou no Festival de Cinema de Gramado, há 13 anos, quando participei do evento e fui premiado. Agradeço muito ao Festival por novamente receber um prêmio, realmente me sinto honrado” destaca o ator, sobre a homenagem que recebeu.

Noher ainda contou que chegou na tarde de ontem, conferiu apenas o filmes concorrentes que passaram à noite, “Max Uber”, do diretor André Amparo que concorre na categoria Curtas Brasileiros e “Infância”, de Domingos Oliveira, que compete na categoria de Longas Brasileiros. O ator revelou que irá assistir o curta metragem brasileiro, “Carranca”, de Wallace Nogueira e Marcelo Matos de Oliveira, e o longa metragem, “Esse Viver Ninguém Me Tira”, de Caco Ciocler. Ele ainda destacou que, apesar de não ter assistido todas as produções concorrentes, os filmes foram bem escolhidos para essa edição do Festival de Cinema de Gramado, e que, o longa metragem, “A Luneta do Tempo” de Alceu Valença e “A Despedida”, são excelentes concorrentes na categoria. 

O Troféu Kikito de Cristal, foi instituído no Festival de Cinema de Gramado em 2007, com o objetivo  de destacar grandes nomes do cinema latino-americano. A homenagem já foi destinada a grandes personalidades, como: Eduardo Coutinho(2007), Ruy Guerra(2009) e no ano passado, Othon Bastos.



Ubiratan Júnior, acadêmico do 1º semestre da Universidade Feevale

As várias visões do festival

Em entrevista aos acadêmicos da Universidade Feevale, a mato-grossense Maria do Socorro, pela primeira vez prestigiando o Festival, foi questionada sobre o que está achando do evento e da cidade de Gramado. Maria do Socorro citou: “a beleza do lugar e a organização do evento são elogiáveis, além da incrível oportunidade de prestigiar algumas celebridades”. Em contrapartida, ela cita o difícil acesso aos locais onde são passados os curtas. Segundo ela, o público que frequenta festival é mais seleto, pessoas mais voltadas para o meio artístico e até que possuem um conhecimento diferenciado sobre o assunto.

Maria do Socorro em entrevista Foto: Leonardo Santos/Feevale
Segurança
Sergio Fraga e Cesar Barbosa fazem parte de um grupo de policiais civis, os quais vêm de diversas partes do estado, reforçando a segurança da cidade durante a semana do festival. Os policiais contam com uma delegacia móvel, além de duas viaturas extras para apoio. Segundo Fraga, que está em sua 5ª operação no festival, são feitos poucos relatos sobre furtos e acidentes, “os cidadãos de Gramado e turistas estão mais conscientes nesta temporada”.
Já Cesar, que está em sua 10ª temporada de apoio, diz que este reforço acaba sendo visto como um símbolo de tranquilidade para visitantes e moradores da cidade, visto que Gramado é uma cidade calma e segura por si só. Para finalizar, os policias deixam um recado às pessoas que pretendem prestigiar o evento, “estamos aqui para trazer mais conforto e segurança para os visitantes”.

Escolas
Em visita a Gramado, os alunos do quinto ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Floresta também puderam apreciar o 42º Festival de Cinema de Gramado. Tendo entre 10 e 12 anos, as crianças relataram estar presenciando uma nova realidade, inclusive conhecendo novas culturas através dos turistas.

No entanto, segundo a diretora da escola, Marcia Weber, a cidade poderia investir mais em projetos educacionais, proporcionando um leque cultural mais amplo e a valorização da arte em si. Ela também citou a pouca divulgação e reconhecimento de curtas-metragens, idealizando a troca de trailers antes dos filmes, para a reprodução de curtas.

Leonardo Santos, Acadêmico do 3º Semestre Universidade Feevale e Eduarda Lazzaretti, Acadêmica do 2º Semestre Universidade Feevale

Infância, de Domingos de Oliveira

Filme "Infância", de Domingos de Oliveira
(Foto: Divulgação)
Com direção de Domingos de Oliveira e produção de Renata Paschoal, a trama relata a vida de Rodriguinho (Raul Guaraná), garoto aplicado, que gosta de estudar e nunca gerou problemas à família. Em um casarão no Rio de Janeiro da década de 50, sua avó, Dona Mocinha (Fernanda Montenegro), uma matriarca bastante rígida, fã de Carlos Lacerda (1914-1977), tem que lidar com a tristeza do neto porque o cachorro morreu após comer as bolinhas de naftalina que estavam espalhadas pela casa. Dona Mocinha descobre que o genro Henrique (Paulo Betti) vendeu dois terrenos seus sem sua permissão. Muito aborrecida com o fato, precisa se impor com o genro e de certa forma, não criar uma inimizade com a sua filha Conceição (Priscila Rozenbaum).  Tio Orlando (Ricardo Kosovski) é um bêbado que vive às custas da mãe Dona Mocinha, e é pai de Ricardo (Lucca Valor), um típico garoto problema.


Coletiva do Longa-Metragem: Infância

A coletiva ocorreu na tarde de sexta-feira, na sala de debates instalada na Sociedade Recreio Gramadense. O diretor Domingos de Oliveira não pode comparecer. Seus colegas de filmagem, a produtora Renata Paschoal, a preparadora de elenco infantil, Cristina Bethencourt e os atores mirins Raul Guaraná e Lucca Valor, fizeram-se presente e, em um bate papo com os presentes, contaram como foi a preparação e a elaboração do filme, até o resultado final.

Renata tinha em mãos alguns apontamentos do diretor Domingos, contando que o filme é baseado na sua infância, em fatos que presenciou (como o de Lacerda falando ao rádio), sobre mentir para crianças e como educá-las. O longa mostra as características das famílias da década de 50 e busca fazer com que o espectador entenda os comportamentos de mães e avós.

Coletiva "Infância", de Domingos de Oliveira
(Foto: Danielle Zeni/Feevale)
Cristina destacou que a preparação com os meninos começou cerca de um mês antes, na casa do diretor, e foi intensiva. Renata contou que, como produtora, procurou as melhores câmeras para que o trabalho fosse de qualidade e também contou que o filme foi gravado em quatro semanas. Lucca e Raul contaram, em detalhes,  as cenas em que tiveram mais dificuldade para atuar. Tanto os protagonistas mirins presentes quanto a produtora e a preparadora destacaram o profissionalismo de Fernanda Montenegro. Em diversas partes da coletiva elogiaram seu perfil de atriz comprometida que busca desenvolver um trabalho de qualidade.

O Longa concorre na categoria Longas Metragens Brasileiros e conta com atores como Paulo Betti, Nanda Costa e Fernanda Montenegro.



Danielle Zeni, acadêmica do 5º semestre da Universidade Feevale

Walter Carvalho chega à Gramado para receber Troféu Eduardo Abelin







Por volta das 13h dessa sexta-feira, dia 14, o fotógrafo
Walter Carvalho chegou à cidade de Gramado, onde, no 42º Festival de Cinema
será homenageado pelo seu trabalho em mais 100 filmes nos mais variados gêneros
e origens. A cerimônia em que Carvalho receberá o Troféu Eduardo Abelin
ocorrerá, hoje,  às 21h:30min, no Palácio
dos Festivais. Confira aqui a entrevista.




Ubiratan Júnior, Acadêmico do 1º semestre da Universidade
Feevale.

Olhar Estrangeiro, por Joshua Ramirez

Nota: Nessa seção estaremos postando textos de intercambistas que estão acompanhando a cobertura da Feevale no Festival de Cinema de Gramado. Hoje, o estudante Joshua Ramirez, do México, fala de suas experiências no Festival:
Soy un estudiante Mexicano, curso la carrera de arquitectura, regularmente en la ciudad hermana de Novo Hamburgo, "Leon, Gto." Sin embargo ahora me encuentro en tierras Gaúchas, un intercambio qué Hasta ahora ha sido de 3 semanas y media, no sólo he aprendido expresiones como "Bah","tche","tri legal",etc. He aprendido de su estilo, su comida, sus bebidas, todo esto y más.
Ser un extranjero en un estado donde te reciben con los brazos abiertos ha sido una gran experiencia, y no sólo eso, la universidad en la cual actualmente estudio nos brinda la oportunidad de trabajar para el periódico universitario en uno de los eventos más importantes del país, "42° festival de cinema de Gramado" uno de los festivales más grandes y más relevantes para el cine Brasileño  y del mundo, gracias a esta oportunidad he conocido a personajes.

Joshua Ramirez, intercambista mexicano da Universidade Feevale
Joshua Ramirez
(Foto: Carla Sanchez/Feevale)


Mostra do Festival Internacional Del Nuevo Cine de Havana

Alberto Ramos, programador.
(Foto: Danielle Zeni/Feevale)
Na tarde de ontem, 14, ocorreu a mostra do Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de La Havana no Teatro Elizabeth Rosenfeld. O Festival de Havana  é um festival cubano que premia filmes latino-americanos e filmes com temas latinos. O evento tem como principal objetivo reconhecer e divulgar a identidade cultural latina e é realizado anualmente.
Alberto Ramos, programador do festival cubano, apresentou a mostra de curtas-metragens que foram premiados no evento cubano. Ramos agradeceu a oportunidade de apresentar as produções de seu país em Gramado e acredita que os filmes de Cuba estão em crescente desenvolvimento e espera que daqui a uns anos possam ser apresentados longas-metragens concorrendo ao Kikito.

Os 12 curtas-metragens retratam a realidade de Cuba e as dificuldades do país. Os filmes exibidos na mostra foram:

Fly – de Yolanda Duran e Ermitis Blanco
La Madre – de Ivete Ávila Martin
El Mundo de Raúl – de Jéssica Rodriguez e Zoe Miranda
El Patio de Mi Casa – de Patricia Ramo
Kendo Monogatari – de Fábian Suarez
Miénteme Bien, Jack Chang – de Grethel Castilo e Adolfo Mena Cejas
Huesitos – de Gabriela Leal Carrazana
La Luna em El Jardin – de Yemeli Cruz e Adanoe Lima
Patria – de Suzana Barriga
Gozar, comer, partir – de Arturo Infante
Oslo – de Luis Ernesto Doñas e
Buey – de Carlos Machado Quintela



Danielle Zeni , 5º semestre Universidade Feevale e Mônica Pereira, 2º semestre Universidade Feevale

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Luneta do Tempo, de Alceu Valença

A Luneta do Tempo, de Alceu Valença
(Foto: Divulgação)
O longa-metragem A Luneta do Tempo encanta o público com os traços marcantes do sertão pernambucano. O primeiro filme do cantor e compositor Alceu Valença, está na competição do 42º Festival de Cinema de Gramado.

Em meio a versos, poemas e musicalidade a historia envolve personagens típicos do cangaço que mesclam traição, drama, amores, ciúme e castigos. A Luneta do Tempo instiga o imaginário com cenas de ação que deixam um ar de mistério ao final.

Valença escreveu o roteiro do filme baseado em contos de seu avô que ouviu na infância e surpreendeu com sua originalidade. As gravações iniciaram há 14 anos, logo após o falecimento de seu pai, e abordam termos nordestinos que foram cuidadosamente traduzidos para o inglês. “Não acreditei que como artista seria capaz de fazer filme. Pedi aulas de cinema para minha nora e amigos próximos e a partir disso escrevi o roteiro”, disse.

Em coletiva na tarde desta quinta-feira, dia 14, o autor falou da experiência de escrever e produzir o longa-metragem. Alceu revelou de onde surgiram os personagens e as características de cada um. E também citou quais as objeções que apareceram ao longo das filmagens.  Além de dirigir o longa-metragem, ele também compôs a trilha sonora.

A cerimônia que vai eleger o melhor longa-metragem brasileiro será neste sábado (16), a partir das 21h, no Palácio dos Festivais.



Caroline Staudt, acadêmica da Universidade Feevale e Michele Rodoi, acadêmica da Universidade Feevale

Cinema nos Bairros (14/08)


Turistas vem a Gramado e se encantam com o Festival

Turistas em Gramado
(Foto: Isabel Borba/Feevale)
Em entrevista aos estudantes da Feevale, turistas de diversos lugares do Brasil elogiaram a organização do Festival e a cidade de Gramado, que está em contagem regressiva para o dia da premiação. “A cidade é muito bonita e organizada, bem acolhedora”, comenta Eduardo Muller do Departamento de Marketing da TV Sergipe. Ele está de férias com sua mulher Scheila Muller, que reforça: “Estou amando tudo, o clima, cidade muito bonita. Assim que chegamos fomos avisados sobre o festival e estamos podendo prestigiar”.

Ao ser entrevistada a cabeleireira Fátima Kawazoe, vinda de Americana (SP). “Vi o seu Chalita”, disse a turista referindo-se ao personagem do ator Flavio Migliaccio na série de televisão Tapas e Beijos (Globo).

A organização do evento espera mais de 150 mil turistas em função do Festival e, a vinda de diretores renomados e celebridades contribui para o turismo da cidade.



Wendel Pelliccioli, Acadêmico do 2° semestre da Universidade Feevale e John Rocha, Acadêmico do 2° semestre da Universidade Feevale

Festival de Cinema e frio encantam visitantes em Gramado

Casal Paulista em Gramado
(Foto: Djenifer Iense/Feevale)
Nem o frio do mês e agosto espantou os turistas da cidade de Gramado. O clima gelado da quinta, dia 14, além proporcionar belíssimas paisagens, levou muitos visitantes as ruas.
O dia que marcou temperaturas baixas foi de movimentação intensa no comércio local e de registros no 42º Festival de Cinema de Gramado. “Nunca senti tanto frio, chegamos nesta quarta, e percebi a grande diferença de temperatura, mas eu estou gostando muito”, disse o empresário de Belo Horizonte, Luiz Alberto, de 34 anos, que veio acompanhado da esposa, Renata Célia Barbosa, de 30.

O casal Paulo Pedroso, 29, e Raquel Pedroso, 26, que vieram de Pompéia, interior de São Paulo, com a intenção de fazer uma segunda lua de mel, deixaram clara a escolha da localidade: “Escolhemos a cidade gaúcha pelo frio, viemos em busca disto, mas encontramos o festival em andamento e vamos colocar entre nosso roteiro de passeio”, destaca Pedroso.

A cidade continua recebendo muitos visitantes brasileiros e estrangeiros, que além de aproveitar o 42º Festival de Cinema, que segue até sábado, dia 16, no qual serão conhecidos os grandes vencedores desta edição do evento, podem desfrutar da gastronomia e lazer da região.



Djenifer Iense, Acadêmica do 3º semestre da Universidade Feevale.

Entrevista com Nill Marcondes

Mostra Cine Mar Del Plata - Premiado longa metragem argentino “De Martes a Martes” é exibido em Gramado.

Uma parceria entre o 42º Festival de Cinema de Gramado e o Festival Internacional de Cine de Mar del Plata proporcionou ao público gaúcho conhecer  a produção argentina  “De Martes a Martes”, de Gustavo Triviño.
O longa metragem premiado na categoria Melhor Filme Internacional na edição de 2012 do festival argentino foi exibido no Teatro Elisabeth Rosenfeld, na tarde de quarta-feira e integra a parceria de intercambio entre os festivais, onde Gramado recebe um filme exibido em Mar Del Plata e o inverso acontece durante o festival argentino.

“De Martes a Martes” é um longa de ficção que se passa na província de Buenos Aires e conta a estória de Juan Benitez (Pablo Pinto), trabalhador fabril, pai de família que tem o sonho de montar sua própria academia.

Insatisfeito com sua difícil rotina, encontra a oportunidade de realizar seus sonhos depois de testemunhar um ato de violência sexual e investigar a vida do agressor. A trama é carregada de suspense, aposta muito na estética e na fotografia para desenvolver da estória.

" De Martes a Martes", de Gustavo Triviño
(Foto: Divulgação)


Festival Internacional Cine Mar del Plata

O Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata, realizado todos os anos na cidade argentina de Mar del Plata, é reconhecido pela FIAPF - Federação Internacional de Associações de Produtores Cinematográficos, como evento de categoria "A", junto com Cannes, Berlim, Veneza e San Sebastián. Iniciou sua trajetória em 1954 e é dividido entre as categorias: Longa internacional, latino americano, argentino e Curta latino americano e argentino.

A edição 2014 do evento acontece dos dias 22 a 30 de Novembro.


Luís Felipe Scheibe, acadêmico do 3º semestre da Universidade Feevale e Danielle Zeni, acadêmica do semestre da Universidade Feevale 

Coletiva: Las Analfabetas, de Moisés Sepúlveda

Coletiva de Imprensa do longa "Las Analfabetas"
(Foto: Gian Couto/Feevale)
Após passar por mais de quarenta festivais ao redor do mundo, Las Analfabetas finalmente chegou a Gramado. Com estreia no famoso Festival de Veneza, a produção chilena de Moisés Sepúlveda, já passou pelos cinemas de seu país de origem, levando mais de dez mil espectadores ao cinema. Esse número, garante o produtor do longa, Fernando Bascuñán, “é algo interessante. O Chile tem um mercado pequeno e dividido. É muito difícil conseguir novos espectadores”.

Na coletiva do meio-dia, logo após a reprise do filme no Palácio dos Festivais, a equipe de Las Analfabetas se reuniu para falar sobre a obra. Estavam presentes o diretor Moisés Sepúlveda e uma das atrizes protagonista do longa, Valentina Muhr, além do já citado produtor Bascuñán. O filme conta a história de Ximena, uma cinquentona analfabeta que encontra Jackeline, uma jovem professora que quer lhe introduzir no mundo das letras.

Uma das primeiras perguntas envolveu a comparação que existe entre o filme e a peça teatral na qual ele foi inspirado. Moisés Sepúlveda contou que a história levada aos palcos por Pablo Paredes, o encantou logo de cara. “Quando eu vi a peça, logo percebi que ela tinha um grande potencial cinematográfico. Do mesmo modo, quando eu vejo o filme, percebo que ele é muito teatral”, contou o diretor. A atriz Valentina Muhr, que atuou com Paulina Garcia tanto no filme quanto na peça, comentou sobre a parceria com a colega mais velha e já consolidada, “A Paulina foi minha professora na escola de teatro, depois me chamou para atuar numa das peças que ela dirige. Nós já trabalhamos esse texto [Las Analfabetas], há dois anos, então eu já me sinto bem a vontade com ela”.


Moisés Sepúlveda contou que grande parte de Las Analfabetas foi filmado durante 2011. Com um processo de montagem lento, o filme agora busca grande parte de seu público em festivais. No entanto, Bascuñán revelou que foi muito contatado por professores e escolas, que se interessaram em usar o filme nas aulas. Com um tema universal, a tendência é que o filme de Sepúlveda siga sendo distribuído em diversos países e despertando a atenção de vários espectadores.


Gian Couto, acadêmico do 5º semestre da Universidade Feevale

Crítica: Las Analfabetas, de Moisés Sepúlveda

Pôster: Las Analfabetas
(Foto: Divulgação)
Segundo pesquisas da Unesco, 36 milhões de latino-americanos adultos são analfabetos. Transformar essas pessoas em números e distanciá-las é algo corriqueiro, mas se aproximar e mostrar seu cotidiano transforma a percepção do espectador diante desses casos. Las Analfabetas, de Moisés Sepúlveda, faz justamente esse trabalho, mostrar o cotidiano de um analfabeto. Através dessa visão, percebemos que o analfabetismo muda o modo de viver das pessoas e, além disso, as afasta do mundo lá fora, enclausurando-as em suas casas.

Apesar de ser chileno, Las Analfabetas poderia bem ser um filme brasileiro. Sua história corresponde ao que muito se vê por aqui. Ximena (Paulina Garcia) tem 50 anos e vive sozinha em sua casa. Sem saber ler, a mulher finge pelas ruas que esqueceu seus óculos em casa e pede para que outros leiam para ela. A vergonha é mais forte do que a vontade de aprender algo que parece ser exclusivo apenas para os outros. Eis que bate à sua porta a jovem professora Jackeline (Valentina Muhr), filha de uma antiga amiga que Ximena não vê há tempos. Jackeline se oferece para fazer o que sua mãe fazia, ler o jornal para a amargurada Ximena.

Com personalidades conflituosas, as mulheres se cutucam a todo instante, revelando o analfabetismo de ambas. Nesse instante percebemos que o analfabetismo não toca apenas em relação às letras. É possível não saber ler os momentos, sentimentos e vontades. E é isso que mais afeta Jackeline.

O principal problema de Las Analfabetas porém é sofrer do didatismo que a situação provoca. O filme é curto e parece mal aproveitado, deixando pontas sem nó e questões, outrora levantadas, em aberto para interpretações no final. Sepúlveda já disse que gosta de trabalhar com perguntas e não com respostas, mas é difícil não se prender a certas gratuidades da obra.


Mal aproveitado ou não, o certo é que o tema abordado por Sepúlveda é atual e, provavelmente e infelizmente, atemporal. Suas consequências também mostram que a questão sucinta debates muito mais profundos do que meras análises através de números. É necessário tirar essas pessoas de sua prisão e coloca-las para ler o mundo.


Gian Couto, acadêmico do 5º semestre da Universidadade Feevale

Piauienses no clima do Festival

No sétimo dia do 42° Festival de Cinema de Gramado, os acadêmicos da Universidade Feevale em conjunto com os intercambistas mexicanos, saíram às ruas em busca de turistas e seus relatos sobre a cidade e o festival.

Piauienses no Festival
(Foto: Danielle Zeni/Feevale)
A turista Thyciane Tataia, trabalha como enfermeira e reside em Teresina, Piauí, veio com o esposo aproveitar o clima de inverno que, segundo ela é muito romântico. O Casal participou da abertura do festival, onde puderam escutar a Orquestra Sinfônica de Gramado, regida pelo maestro Bernardo Grings e ver os artistas que chegavam ao Palácio dos Festivais. A piauiense destaca que a cidade tem diversas opções de turismo e gastronomia, agradando todos os gostos e gêneros.

O casal, como muitos outros turistas, irá divulgar para seus amigos e familiares as belezas que estão vivenciando em Gramado e fazer relatos do clima cultural que paira por onde passam. Pretendem voltar em breve.



Danielle Zeni, Acadêmica do 5º Semestre da Universidade Feevale e Andrielle Gomes, Acadêmica do 2º Semestre da Universidade Feevale.

Alceu Valença fala sobre seu filme e a morte de Eduardo Campos

Alceu Valença, diretor do longa "A Luneta do Tempo"
(Foto: Edison Vara)
“Eu não desisto de nada” diz Alceu Valença quando perguntado se alguma vez cogitou a possibilidade de desistir do filme “A Luneta do Tempo”, um drama musical, que estreia no 42º Festival de Cinema de Gramado. Depois de 15 anos de gravações foi finalizado o longa-metragem dirigido e escrito pelo musico. A inspiração para o roteiro veio com uma história contada pelo pai.  Sobre como foi a produção do filme, Valença explica: “Eu fiz o roteiro, a direção, escrevi as músicas, editei, fiz um pouco de tudo. Trouxe meu filho e meu sobrinho para atuarem. É um filme que me agrada muito”.

Questionado sobre a opinião sobre a repercussão do filme, Valença comentou: “Acredito que será um grande sucesso e que agradará o público. Tudo o que eu faço está certo porque sai do meu coração não me preocupo com o dinheiro nem em agradar ninguém, quero apenas me agradar.”

Por ser pernambucano, Alceu foi questionado sobre a morte do presidenciável Eduardo Campos na manhã de ontem, 13, e falou: “A morte do Eduardo foi muito dolorosa. Fiquei sabendo de manhã com uma ligação de um amigo em comum e fiquei bastante chocado. Eduardo fez muito por Pernambuco, ele desenvolveu o Estado em questões politicas, educacionais e industriais. Uma perda lastimável.”

O longa “ A Luneta do Termpo” foi exibido na noite de ontem e concorre na categoria Longa Metragem Brasileiro.


Mônica Pereira, 2° semestre Universidade Feevale

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Nelson Xavier

A atuação de Nelson Xavier no Longa “A Despedida”, de Marcelo Galvão, foi elogiada por grande parte dos espectadores do filme no Festival de Cinema de Gramado. O ator circulava pelo centro de imprensa do evento e falou com nossa equipe. Confira a entrevista:


Nelson Xavier
(Foto: Alissom Brum/Feevale)
O que você está achando do festival?

Eu acho muito interessante a produção brasileira, muito forte. Os curtas estrangeiros não sei muito o porquê estarem ali. Ontem vi um, o “Sem Titulo’’, que ninguém entendeu nada. Experimental. Tudo bem a gente aceita, o festival é isso, temos que experimentar coisas diferentes, quanto mais rico, melhor, a diferença é o que enriquece, e estou na expectativa de hoje, até porque eu adoro cinema.


Qual é o seu olhar ante à divulgação do festival em outros estados do país?

Eu sempre tenho noticias de Gramado No Rio, os jornais falam todo o dia de Gramado, e é um festival importante no Brasil. Eu normalmente tenho noticia de quando acontece o evento.


O que esta achando da organização do evento?

Este festival está primorosamente organizado, apesar do atraso das projeções, que deve com o tempo ser corrigido. Por exemplo, o último filme eu não assisti, não quero dormir às duas horas da manhã, então prefiro vir de manhã. A organização está dez.


Quais são as mudanças e avanços no cinema brasileiro?

O cinema brasileiro está muito vigoroso, diverso e variado. O que é uma coisa boa, mas não 
tenho muita autoridade para falar, não estou tendo tempo para assistir filmes ultimamente, então minha avaliação não é tão boa e fiel. Vários filmes importantes que foram lançados recentemente eu não vi, mas como estou de cabelo branco já de fazer cinema, uma coisa positiva, é que não param de haver produções, uma continuidade boa, embora, as dificuldade de realização continuem muito grandes. Ontem em um debate sobre roteiro, todos reclamaram muito das enormes dificuldades de juntar dinheiro pra fazer filmes, quer dizer, continua a mesma coisa, porque audiovisual todos fazem, mas cinema, é para poucos.



Xavier completou sua entrevista afirmando que "infelizmente vivemos em uma sociedade monarquista, e cabe aos jovens o papel da efetiva modificação política, pois a juventude aspira esperança." 


Andrielle Gomes, 2º semestre da Universidade Feevale e Tiele Daubermann, 3º semestre da Universidade Feevale.

Integrar para Internacionalizar

Diretores reunidos
(Foto:Feevale)
Em um ambiente informal, sentados ao redor de uma mesa na Sociedade Recreio Gramadense os curadores do 42 Festival de Cinema de Gramado, Eva Piwowarski e Marcos Santuário junto com Ralph Cardoso, diretor da Um Cultural (produtora do evento) efetivaram um intercambio de experiências com organizadores de diversos festivais de cinema latino americanos. Participaram do encontro Alberto Ruiz crítico de cinema cubano, Angela Torres do Fesival de Araxá, Daniel Valenzuela e Ivan Palomino do Festival Cine Del Tres Fronteras, Lea Garcia do Festival de Lisboa e Paula Astora Riestra do Festival de Cinema de México.

Com a intenção de alinhavar o início de uma irmandade entre os festivais o encontro segue uma das diretrizes do festival deste ano: a internacionalização, como comenta Eva Piwowarski: “o cinema é a melhor ferramenta cultural de integração. E este Festival é justamente isso: um verdadeiro encontro da América Latina”
Construir soluções através das dificuldades e experiências também são objetivos de um Festival como argumenta Ralph Cardoso: “Gramado vem desde 2012 buscando integrar os festivais brasileiros e latinos como uma forma de apontar caminhos e ao mesmo tempo construir soluções e alternativas pra o que acontece não só em Gramado mas no meio audiovisual latino americano.”

Para simbolizar este momento todos os participantes do encontro assinaram seus contatos em uma mesma folha para que as idéias que iniciaram ali continuem a serem desenvolvidas.



Luís Felipe Scheibe,3ºSemestre da Universidade Feevale.

“Devemos manter o cinema brasileiro vivo”, diz José Victor Castiel

José Victor Castiel
(Foto: Mariana Rabello/Feevale)
Nesta quarta-feira, dia 13 de agosto de 2014, esteve presente no 42º Festival de Cinema de Gramado o ator e comediante José Victor Castiel, reconhecido principalmente pela peça de humor “Homens de Perto”, que já contou com cerca de 400 apresentações e um público estimado de aproximadamente 200 mil espectadores.

Em entrevista, Castiel comentou da importância do Festival de Cinema de Gramado para o intercâmbio da produção cinematográfica Latino Americana e Brasileira. “Em meados de 1990, quando Fernando Collor assumiu a Presidência da República, a produção de filmes no Brasil foi praticamente extinta, tornando a produção brasileira quase que insuficiente e dando maior enfoque às obras latino americanas, que são de grande qualidade e podem ser notadas neste evento”.

Sobre a organização do festival, Castiel destaca grande qualidade e ainda deixa claro, “depois de tantos anos, os gramadenses já aprenderam como fazer”. De todas as vezes que o humorista já esteve no evento, ele menciona que sempre participou para trabalhar, sendo através de filmes, atuações como jurado ou apresentador. E nestas inúmeras participações, ele frisa ainda, “busco além de assistir às obras cinematográficas, perspectivas de contato e relacionamentos”.

Castiel também enfatizou que “Devemos manter o cinema brasileiro vivo”, e diz que existem outros festivais com renome, como o de Curitiba, o Festival de Cinema Estudantil e também o Porto Alegre em Cena, mas o Festival de Cinema de Gramado tem suas particularidades e encantos. Para ele, diante das obras já apresentadas, “Os Senhores da Guerra” é o seu longa favorito, o qual narra a história de jovens da elite gaúcha no século XX, os irmãos Julio e Carlos Bozano, que se enfrentam em lados opostos na guerra civil de 1924, no Rio Grande do Sul.



Tiele Daubermann/ 3º semestre, Universidade Feevale.

Esclavos de Dios

Pôster: Esclavos de Dios
(Foto: Divulgação)
Do diretor Joel Novoa Schneider, o filme é inspirado no ataque terrorista à AMIA (Associação Mutual Israelita da Argentina) em 1994, tendo 85 mortos e 300 feridos. Sua estreia na Argentina ocorreu no mês do 19° aniversário do ocorrido.

A trama tem como protagonistas Ahmed (Mohammed Alkhaldi), membro de um grupo extremista islâmico e David, um judeu que trabalha para Mossad (serviço de inteligência de Israel). Dois homens que se encontram em lados opostos do atentado.

Sobre comentários da polêmica do filme, Novoa disse: “É um filme que promove a união dos povos, mas, obviamente, para chegar lá em 90 minutos, você tem que mostrar o lado negativo de ambos os lados para chegar a uma conclusão justa "

Após a exibição no Palácio dos Festivais, houve uma coletiva, que dentre os presentes estiveram o diretor do filme Joel Novoa Schneider e o Ator Rogelio Gracia, que interpreta o personagem Tobias.


Wendel Pelliccioli, Academico do 2° semestre da Universidade Feevale.

O cinema precisa de ideias

Lasier Martins no Festival
(Foto: Divulgação)
No quinto dia do 42º Festival de Cinema de Gramado, vários acontecimentos e pessoas de renome já marcaram presença no evento. Candidatos do PDT, Pompeo de Mattos e Lasier Martins compareceram ao Festival para estarem mais próximos dos seus eleitores. Na ocasião, o candidato ao senado deixou seu recado para os jovens, afirmando que o Festival de Cinema de Gramado é um dos maiores orgulhos do Rio Grande do Sul, e já se tornara uma tradição. Entretanto, os avanços tecnológicos e as inovações que circundam a sociedade devem ser explorados de maneira mais ampla no cinema nacional. E reforçando o papel do jovem na sociedade, Lasier é enfático ao dizer que a juventude precisa trazer novas ideias para alcançar de fato uma renovação no cinema brasileiro.
O Festival segue até o dia 16 deste mês e a premiação ocorre no sábado às 21h.


Andrielle Gomes, Publicidade e Propaganda, 2º semestre da Universidade Feevale / Tiele Daubermann, Relações Públicas, 3º semestre da Universidade Feevale.