terça-feira, 4 de setembro de 2018

Confira os melhores momentos da cobertura do 46º Festival de Cinema de Gramado


Nesse ano o 46º Festival de Cinema de Gramado aconteceu entre os dias 17 e 25 de agosto e a Universidade Feevale esteve presente em três dias do evento. Durantes os dias 22, 23 e 24 os acadêmicos de Jornalismo, Produção Audiovisual, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas fizeram a cobertura do evento.

No primeiro dia da cobertura, conhecemos a história do projecionista José Luis de Almeida, que cuida da projeção dos filmes há 38 anos.

Foto: Amanda Ferreira

Os curadores Marcos Santuário e Rubens Ewald Filho, contaram sobre o avanço do cinema brasileiro e do Festival ao longo do tempo.

Da esquerda para a direita: Rubens Ewald Filho e Marcos Santuário | Foto: Nicolas Secco

Participamos também, da coletiva de imprensa do filme “A Palestina Brasileira” com o diretor Omar de Barros Filho, que contou as dificuldades da produção que foi feita em terras israelenses.

Foto: Luiza Bangel

Já no segundo dia, o diretor do curta “Majur”, Rafael Irineu, que conta a história do indígena Majur e a violência contra LGBTQ+.

Da esquerda para a direita: Larissa Nunes Carlosso, repórter e Rafael Irineu, diretor do curta "Majur" | Foto: Luiza Bangel

Participamos da exibição e coletiva de imprensa do filme “Yonlu”, que conta a história de um jovem poeta, músico e desenhista. Temos uma resenha sobre o filme aqui.


No último dia de cobertura do Festival, entrevistamos os atores Daniel de Oliveira e Osmar Prado, protagonistas do filme “10 segundos para vencer”, que conta a história do lutador Éder Jofre, que chegou ao auge da carreira nos anos 60.

Osmar Prado | Danielle Rodrigues

A atriz Tainá Cary, do curta “À Tona”, nos contou sobre o drama que sua personagem vive. Ela interpreta quatro mulheres que sofreram estupro e violência doméstica em uma personagem só.

Tainá Cary | Foto: Brenda Caloni 

O ator Bruno Cabrerizo, um dos protagonistas do filme O Avental Rosa, nos contou sobre a importância social do filme que engloba compaixão e voluntariado.

Bruno Cabrerizo | Foto: Brenda Caloni

E para fechar a cobertura do Festival de Cinema, o ator e diretor Ney Latorraca, foi homenageado com o troféu Cidade de Gramado. Ele nos contou que se sentiu honrado e que era o único prêmio de Gramado que faltava para ele.

Foto: Ney Latorraca

Além do blog, produzimos conteúdo para stories, IGTV e feed do instagram. Você pode conferir cobertura as fotos do evento no nosso facebook.



Andressa Voss | 6º Semestre de Jornalismo 



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Atriz do curta "À Tona" fala sobre o drama vivido por sua personagem


O Curta Brasileiro “À Tona” de  Daniella Cronemberger, foi exibido na noite de ontem (23) na Mostra Competitiva no Palácio dos Festivais de Gramado. A obra fala sobre dramas de quatro mulheres, como o estupro e a violência doméstica e é interpretada por uma só personagem.

A atriz Taina Cary, protagonista do curta, contou como foi realizar essa interpretação. “Foi desafiador porque eu sou uma mulher muito forte e me colocar nesse lugar de vulnerabilidade, mesmo que para um personagem, foi difícil. Queria retratar a força que ela tem. O mais complicado foi a cena que eu recebo a ligação de que a minha filha tinha sido estuprada pelo meu companheiro.”

Taina ressaltou ainda que “o filme é um alerta porque a violência doméstica é um pré- feminicídio e os índices deste crime no Brasil são enormes, principalmente com mulheres negras e pobres.” E faz o convite para que todos assistam o filme, inclusive aqueles que passaram por algum desses episódios na vida. “Não dá pra fugir. É preciso encarar.”

Amanda Harter | 3° semestre de Jornalismo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Chega ao fim mais um Festival de Cinema de Gramado


O 46º Festival de Cinema de Gramado chegou ao fim no último sábado (25). Dentre os oito longas concorrentes, o filme “Ferrugem”, de Aly Muritiba, levou o Kikito de Melhor Filme de longa-metragem brasileiro dessa edição. O filme ainda levou mais dois prêmios: Melhor Desenho de Som (Alexandre Rogoski, por Ferrugem) e Melhor Roteiro (Jessica Candal e Aly Muritiba).

O filme paraguaio “Las Herederas” levou para casa além do Kikito de Melhor Filme de Longa-Metragem Estrangeiro, mais quatro dos seis prêmios concorrentes nessa edição, com o prêmio de Melhor Roteiro e Melhor Diretor para Marcelo Martinessi, Melhor Atriz para o trio paraguaio e protagonistas do filme Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova e também eleito o melhor Filme no Júri Popular do festival.
Nessa edição, foram escolhidos ainda o Melhor Filme de Curta-Metragem brasileiro, que ficou para a animação “Guaxuma”, de Nara Normande. Já o título de Melhor Ator ficou para Manoel do Norte, com o curta “A Retirada Para Um Coração Bruto”.

O Festival de Cinema deste ano contou também com a participação de curtas-metragens gaúchos, exibições essas que valorizam o cinema local, já que o festival ocorre há 46 anos na serra gaúcha, sendo o único festival interrupto do Brasil.
A lista completa dos vencedores do 46º Festival de Cinema de Gramado está disponível neste link: https://bit.ly/2MWtSxL

A Agecom esteve presente nessa 46º edição do festival, e fez a cobertura completa no IGTV e nos stories do instagram, com entrevistas e fotos de atores, atrizes, diretores, produtores e entre outros grandes nomes do cinema brasileiro e estrangeiro. Ficou curioso? Você pode conferir tudo pelas nossas redes sociais: https://bit.ly/2ws23Db

Júlia Taube| 2º Semestre de Jornalismo

Música Para Quando as Luzes se Apagam encerra a mostra gaúcha de longas


Na sexta-feira (24), no Palácio dos Festivais, houve a exibição do último filme selecionado para a Mostra de Longas-Metragens Gaúchos, com o Filme Música para quando as luzes se apagam. O filme de Ismael Caneppele, com Emelyn Fischer e Julia Lemmertz no elenco, é um documentário que mistura sutilmente ficção e realidade.
A história mostra a chegada de uma autora em uma pequena vila no sul do Brasil. Lá ela conhece Emelyn e resolve fazer uma narrativa ficcional sobre sua vida. Aos poucos, Emelyn se torna Bernardo. “A Emelyn não é e não pensa em ser atriz, ela é uma personagem. Então precisei muito da Julia (Lemmertz) pra mergulhar no mundo da Emelyn, pra entender a intimidade dela... e eu sentia que era estranho um homem de barba e mais velho, interessado nela. E como a Julia é uma atriz que sempre esteve presente na casa das pessoas, ela conseguiu essa abertura. Ela foi quase um alter ego meu”, afirma o diretor.
Com 70 minutos de duração, o longa não concorre em nenhuma categoria, assim como os outros da mostra. Ao todo foram selecionados cinco filmes para a Mostra de Longas-Metragens Gaúchos. Além do filme de Caneppele, também foram exibidos “A Palestina Brasileira”, de Omar Luiz de Barros Filho, “Arrieros”, de Marcelo Curia, “Grandes Médicos”, de Luiz Alberto Cassol e Marilaine Castro da Costa e “Yonlu”, de Hique Montanari.


Dário Gonçalves|7º semestre de Jornalismo 

Festival de Cinema homenageia Ney Latorraca

O ator Ney Latorraca foi o escolhido para ser homenageado na 46ª edição do Festival de Cinema de Gramado com o troféu Cidade de Gramado. O prêmio é destinado a nomes com ligação à história de Gramado e contribuíram para a divulgação do evento.

Foto: Nicolas Bassani


“É o troféu que estava me faltando. Eu já recebi no festival de Miami e de quase todo o país. Me faltava o de Gramado. Então me sinto muito feliz, muito honrado. Eu conheço o Festival desde que ele foi criado, então é perfeito dar o troféu para mim”, declara o ator.
Ney Latorraca tem 23 filmes no currículo, além de dezenas de novelas e peças de Teatro. Atualmente está em cartaz no musical Vamp juntamente com Claudia Ohana. A peça revive a novela de mesmo nome, grande sucesso em 1991. Latorraca interpreta o vampiro Vamp. Com mais de 50 anos de carreira, o homenageado acumula prêmios e papeis de sucesso, como O Mistério de Irma Vap, que ficou em cartaz durante 11 anos ao lado de Marco Nanini, fato que os levou para o Guiness Book como peça de teatro com mais tempo em cartaz e com mesmo elenco. Em 2006, a peça ganhou o filme Irma Vap – O Retorno.
Em coletiva, Ney Latorraca agradeceu às homenagens e falou sobre toda sua carreira, desde o início, aos seis anos de idade, até hoje. E diz que não pensa em parar, mas que agora quer se dedicar a um trabalho de cada vez. Por fim, pediu que prestigiassem a entrega do prêmio e pediu muitos aplausos.
O troféu Cidade de Gramado já teve nomes como Rodrigo Santoro, Eva Wilma e, na edição passada, Antônio Pitanga entre os vencedores.


Dário Gonçalves|7º semestre de Jornalismo 

Entrevista: Mirela Kruel


Diretora de filmes, criadora de imagens e jornalista, Mirela Kruel faz de suas obras audiovisuais um conceito para quem acredita na criatividade compartilhada e na aposta de temas sociais. Neste ano,  a diretora traz ao Festival de Cinema de Gramado o curta metragem Catadora de Gente, que concorre na mostra competitiva.
O curta documental traz os bastidores, de uma forma muito sensível, da vida de Maria Tugira Cardoso, que tem uma vida dedicada à catar lixo em Uruguaiana. É sobre este trabalho que ela nos falou em entrevista exclusiva.

1- Como foi a pesquisa para o curta-metragem Catadora de Gente?
Na verdade, a Tugira eu já conhecia de alguns outros trabalhos que eu fiz para a Fundação Luterana que me chamou para fazer um filme sobre catadores
de um projeto que elas apoiam. Nesse projeto conheci ela e me apaixonei pela história. Principalmente nesse momento histórico que a gente está vivendo, de contar a história de uma mulher, uma grande lutadora, com uma personalidade muita forte e um força muito grande. Além disso, uma mulher que não pensa só nela e sim na sua comunidade. Vi então na história da Tugira a história de muitas mulheres, de muitas catadoras e uma história também social que tem a ver com as desigualdades do nosso país.

2 - Como é ter o curta estar em Gramado esse ano?
É sempre muito legal a gente pode falar um pouco mais sobre o filme e sobre o processo do realizador. Também é muito bom participar porque a gente escuta o outro, escuta os espectadores do filme, os críticos, a imprensa, então, é aquele momento de troca que é importante tanto para o realizador quanto para o próprio filme.

3 - O que o filme pode influenciar na cultura latino-americana?
Eu acho que o Catadora de Gente para cultura latino-americana é fundamental, porque fala sobre o povo. Temos estes contrastes sociais que são tão marcantes na américa latina, como a luta de um povo para sobreviver com seu trabalho, a luta dessas mulheres para ganhar espaço, para ganhar respeito da sociedade. Então é um filme que dialoga muito com os aspectos sociais de toda a américa latina e hoje a gente pode dizer que de todo o mundo, porque cada vez mais esses contrastes estão presentes, então quando a gente traz a história dessas pessoas que não são vistas pela sociedade, estamos proporcionando um olhar mais apurado, um olhar mais atento a essas questões sociais.


Felipe Scheibe|7º semestre de Jornalismo 

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Longa brasileiro "O avental rosa" será exibido hoje na Mostra Competitiva do Festival

Foto: Divulgação

O filme de Jayme Monjardim concorre na categoria  de longas brasileiros do 46º Festival de Cinema de Gramado e terá sua exibição no festival nesta sexta, 24. Foi totalmente gravado na capital gaúcha, embora a história não tenha relação com a cidade.  A personagem Alice (interpretada por Cyria Coentro) é uma mulher solitária em busca de alento sendo voluntária em um hospital com pacientes terminais. Assim, ela vai se envolvendo nas situações e se torna próxima dos pacientes. Um deles é “Rafael”,  interpretado por Bruno Cabrerizo (foto), um jovem que dá entrada no hospital com uma grave doença.
Em entrevista à Agecom, ele ressaltou a importância social que o filme apresenta: “É um filme que fala de compaixão, de amor ao próximo e voluntariado". Ele acrescentou ainda que, nos dias de hoje, o mundo está carente desses princípios e que a realidade dentro do hospital, principalmente em relação ao estado dos pacientes, causa impacto. “É um filme que passa uma mensagem muito importante, forte e tocante. Convido todos a assistirem”. No elenco, estão grandes nomes como César Troncoso, Tania Bondezan, Nicette Bruno e Leonardo Medeiros. 
                          Foto: Danielle Rodrigues


Amanda Harter|3º semestre de Jornalismo  

Parceria entre Gramado e Itália promove diversidade de produções


Desde 2014, o Festival de Cinema apresenta no festival as novidades da produção audiovisual na Itália
Além dos curtas e filmes nacionais, o Festival de Cinema de Gramado oferece uma gama enorme de produções estrangeiras. É o caso das produções italianas: através do 8 ½ Festa do Cinema Italiano, as produções são exibidas em vários países, inclusive o Brasil. 

O evento, que começou a ser realizado no Brasil  em 2014 e atualmente está na 5° edição, tem o intuito de apresentar as novidades do cinema italiano, onde através de uma seletiva  são escolhidas as melhores produções do país. O encontro ocorre nas grandes capitais brasileiras e no Rio Grande do Sul e, respectivamente, no Festival de Cinema de Gramado e em Porto Alegre , em parceria com a embaixada italiana. 

Uma das grandes produções escolhidas neste ano foi a Made in Italy, com direção do  músico italiano Luciano Ligabuer e elenco principal com Stefano Accorsi e Kasia Smutnia. A trama conta a história de Riko, um homem de grandes virtudes, que possui pouca sorte e que ressalta a precariedade profissional e sentimental em seu país. O objetivo principal da obra é contar uma história da humanidade, onde os sentimentos ecoam com força.

A nossa equipe conversou com o representante das produções italianas no Rio Grande do Sul, Tommaso Monttroni.  Ele contou que a parceria entre o festival este ano surgiu por conta de um convite feito pela própria organização do evento, já que no ano anterior os filmes italianos fizeram grande sucesso nas telas gramadenses. Monttroni ressalta que estar na cidade é muito mais que mostrar as produções. "Queremos mostrar também aos brasileiros os pontos turísticos italianos.”

Ariane Hanauer| 2º Semestre de Jornalismo

Atriz do curta "À Tona" fala sobre o drama vivido por sua personagem

O Curta Brasileiro “À Tona” de  Daniella Cronemberger, foi exibido na noite de ontem (23) na Mostra Competitiva no Palácio dos Festivais de Gramado. A obra fala sobre dramas de quatro mulheres, como o estupro e a violência doméstica e é interpretada por uma só personagem.
Atriz Tainá Cary| Foto: Danielle Rodrigues


A atriz Tainá Cary, protagonista do curta, contou como foi realizar essa interpretação. “Foi desafiador porque eu sou uma mulher muito forte e me colocar nesse lugar de vulnerabilidade, mesmo que para um personagem, foi difícil. Queria retratar a força que ela tem. O mais complicado foi a cena que eu recebo a ligação de que a minha filha tinha sido estuprada pelo meu companheiro.”

Taina ressaltou ainda que “o filme é um alerta porque a violência doméstica é um pré- feminicídio e os índices deste crime no Brasil são enormes, principalmente com mulheres negras e pobres.” E faz o convite para que todos assistam o filme, inclusive aqueles que passaram por algum desses episódios na vida. “Não dá pra fugir. É preciso encarar.”
  
Amanda Harter | 3° semestre de Jornalismo.

Com a história de uma assistente social, curta 'Kairo', é um dos curtas premiados do Festival de Cinema de Gramado


Em exibição no dia 23 de agosto, a produção traz a perspectiva da realidade das periferias da grande São Paulo

A trama retrata a história de Sônia, uma assistente social que vai para uma escola na periferia para retirar Kairo, um menino de 9 anos, da sala de aula para uma conversa difícil. A razão é um grave acidente ocorrido dentro de casa. 

Com direção de Fábio Rodrigo e elenco com Pedro Guilherme (Kairo) e Vaneza Oliveira (Sônia), o curta mostra a realidade da profissão de assistente social no país. Em conversa exclusiva com nossa equipe, o diretor contou que sua inspiração surgiu de um acontecimento semelhante que aconteceu com uma pessoa próxima. Para ele, é importante apresentar um pouco da realidade social das periferias. "Atualmente ser um assistente social é muito difícil e não se envolver com os fatos é complicado. Isso é o que parcialmente tentamos mostrar.”

Em relação ao Festival de Gramado, Fábio está em sua segunda participação (a primeira em 2016) e destaca que este é um grande espaço para expor o trabalho. Ele ressalta o "nervosismo" em participar de um evento como este. "A gente acha que na segunda vez não ficamos tão nervosos, mas o coração fica acelerado, estou muito feliz em participar mais uma vez", confessa. 

Ariane Hanauer |2º semestre de Jornalismo

10 segundos para vencer: a história do 'Galinho de Ouro' brasileiro

O longa metragem “10 segundos para vencer” dirigido por José Alvarenga, indicado ao Kikito de melhor longa metragem brasileiro no 46º Festival de Cinema de Gramado, retrata a história de um dos grandes nomes do boxe brasileiro: Éder Jofre, que na trama é vivido pelo ator Daniel de Oliveira; e do pai do lutador e treinador Kid Jofre, interpretado por Osmar Prado. 

O longa mostra fatos importantes da sua trajetória e o que levou Éder ao título mundial dos pesos galos nos anos 60, e seu retorno triunfal ganhando mais um título mundial, dessa vez, logo após ter anunciado sua aposentadoria dos ringues muito precocemente.  



Foto: Divulgação


Em entrevista exclusiva à Agecom, o ator global Daniel de Oliveira conta que para ele foi um grande orgulho viver a história do ex-lutador de boxe e que a relação entre pai e filho/lutador e treinador foi algo muito emocionante. “Para mim foi um grande orgulho representar o Éder, porque é um cara com um reconhecimento mundial, um cara que fez história através do boxe. Ainda mais tendo essa relação de pai e filho. É bem emocionante mesmo.”

Oliveira também conta que é a terceira vez que ele vem ao festival  com a indicação de melhor longa metragem e que é muito bom estar de volta com mais uma indicação. “Já estive aqui com “A festa da menina morta”, um filme do Matheus Nachtergaele, e até ganhei melhor ator, o que foi bem legal. Depois eu vim com o filme do Vicente Ferraz que é “A estrada 47”, e, agora com essa produção. É um prazer estar aqui de novo.

O filme estreia no cinema nacional no dia 27 de setembro.

Júlia Taube| 2º semestre de Jornalismo 

Resenha: Yonlu


Inspirado em uma história real, o filme narra os últimos meses de vida de uma maneira resumida do jovem Yonlu, o qual sofria de depressão e possuía uma grande paixão por música, tendo composto a maioria delas de gêneros diferenciados uma das outras.

Tendo um clima melancólico, porém ameno e juvenil, as diversas canções compostas pelo protagonista invadem as cenas junto a animações baseadas nos desenhos feitos pelo personagem, aumentando o já agravado clima de solidão ao qual a história possui. Um ponto muito importante a se destacar sobre a história é o como ela retrata o seu protagonista, deixando ele, mesmo em ambientes tumultuados, sozinho na maior parte das cenas; de maneira a apresentar o seu possível ponto de vista em relação ao ambiente ao seu redor, assim como os momentos onde ele se conecta virtualmente pela internet.

A história também conta com momentos narrados por outros personagens, sendo o mais usual destes o de seu psicanalista, que revela para o espectador diversos pontos importantes sobre a condição pela qual o protagonista passa. As interações entre pessoas apresentadas ocorrem na maioria de maneira narrativa, sem deixar entregar muita informação, fazendo duas ações muito importantes para a história: criando um bom clima de suspense, além disto, desenvolvendo o personagem de maneira sutil.

Embora o filme possua diversos aspectos de alta qualidade, pode se argumentar também que ele não da a ênfase devida à tristeza e angústia passada pelo protagonista, ficando a maior parte das cenas mais sérias as quais envolvem demais personagens além do principal. Outra questão notável que se possa argumentar é o fato de que as diversas cenas de animação possuem uma interpretação aberta, fazendo com que algumas possam ter sentidos diferentes em relação a totalidade da trama de pessoa para pessoa. Por fim, assista ao filme Yonlu, vale a pena!

Pedro Dillemburg| 1º Semestre de Produção Audiovisual

Documentário “Majur” conta a história de indígena e debate preconceito e violência contra LGBTQ’s Festival de Cinema em Gramado


Diretor Rafael Irineu| Foto: Luiza Bangel

O curta "Majur", de Rafael Irineu, é um dos concorrentes da mostra competitiva do 46º Festival de Cinema de Gramado. Em 20 minutos, conta a história do índio Majur, que vive no interior do Mato Grosso. Ele é chefe de comunicação da tribo. E também é gay.
O diretor Rafael Irineu conheceu Majur enquanto filmava outro trabalho na tribo. Decidiu realizar o curta para contar a história do índio, e mais: para debater o preconceito e a violência de que, como observa Rafael, os LGBTQ’S são vítimas. "Há um momento muito crítico, de um movimento conservador. Esse assunto é debatido no eixo, mas no interior do Mato Grosso, é difícil’’.
‘’Essa história precisa ser contada, porque existem mais LGBTQ’S indígenas na cidade, ou qualquer outro lugar, e a gente precisa lutar pelos direitos deles. A gente tem muito a conquistar. ’’
A defesa da diversidade não está presente somente na tela. Rafael salienta que a equipe é formada por pessoas LGBTQ’S, mulheres e trans, algo incomum no mercado audiovisual.

Larissa Carlosso| 5º semestre de Jornalismo.

Museu de Cinema de Gramado conta a história do Festival

Museu de Cinema de Gramado| Foto: Caíque Cardozo


Há dois anos, Gramado ganhou um importante aliado na preservação e divulgação da história dos seus festivais. Trata-se do Museu do Festival de Cinema: anexo ao Palácio dos Festivais e com 584 metros quadrados, o museu abriga todo o histórico do festival e também sobre o cinema brasileiro.

A incursão começa com uma linha do tempo que traz a história dos festivais através dos longas-metragens vencedores em cada edição. A curadora do museu, Daniela Schimitt, conta os motivos que fizeram de Gramado a sede do evento: “O festival veio para cá em função do regime militar. Já existia em Brasília, mas devido a censura, se pensou em trazer para um local mais afastado, Gramado já havia realizado duas mostras de cinema, em 69 e 71”. O Festival de Brasília é o mais antigo do Brasil, porém o de Gramado é o mais antigo ininterrupto.

Museu de Cinema de Gramado| Foto: Caíque Cardozo


Segue-se a história de evolução do Festival e, em 1987 pensa-se em mudar o Festival de local devido a infraestrutura do local, pois havia capacidade para apenas 600 lugares. Fez-se então uma campanha durante um ano para um novo espaço e, com a ampliação do lugar para 1100 lugares, mudou-se o nome de Cine Embaixador para Palácio dos Festivais. O local mudou também sua fachada e o festival conseguiu se manter. “Era muito importante que o festival continuasse na cidade. Foi através dele que Gramado tornou-se conhecida nacionalmente” comenta Daniela.


Kikito | Foto: Caíque Cardozo

Na década de 90, com a troca da presidência e o governo Collor, a Embrafilme é extinta e poucos filmes brasileiros passam a ser produzidos, fato que permite a inclusão de filmes da América Latina no festival. E conforme os anos, foi evoluindo e se modernizando. O museu também conta com atrações para o público, como um quiz, para testar o conhecimento sobre o festival, jogo da memória para as crianças e a atração “Você é o Editor”, onde o público monta os personagens, a trilha sonora, o contexto, e recebe o filme por e-mail. “A gente traz um pouquinho da história, com totens de pesquisas, curiosidades e a lista de todos os vencedores, que conta com mais de 300 filmes premiados. É história com tecnologia” afirma a curadora.


A novidade desse ano, além de todo o acervo, é a exposição fotográfica “Bastidores com Domingos Oliveira”, de Desirée do Valle com curadoria de Dalmo Santana. A exposição é uma homenagem ao cineasta brasileiro muito premiado no festival, e mostra os bastidores de quatro de seus filmes.


Dário Gonçalves | 7 Semestre de Jornalismo

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Arte e Cinema: conectados pelo espírito do Kikito

Centro de Cultura de Gramado | Marina Telles

Durante o 46º Festival de Cinema de Gramado estão acontecendo múltiplas mostras relacionadas à arte, à cultura e, principalmente, ao cinema. O Centro Municipal de Cultura de Gramado conta com cinco exibições de arte durante o festival. São mais de 300 obras em exposição.
Nas paredes do Centro encontram-se releituras de Gustav Klimt, obras da Miniarte, da Fiesta da Paz, Jeannine Art Wear. Em entrevista com Maria Helena D. de Oliveira, a diretora do Centro de Cultura e curadora da casa, nos contou que, mesmo com as releituras de Gustav Klimt, que comemora seu centenário de morte neste ano e tem exposições em sua homenagem ocorrendo no mundo todo; e obras da Miniarte, uma exposição internacional que está presente em 173 países em cinco continentes, as visitações não tiveram aumento com a movimentação trazida pelo Festival.

Isso se dá, afirma a diretora, pela distância que se tem entre os locais de concentração de fluxo do Festival de Cinema e a Secretaria de Cultura. Maria Helena afirmou ainda que falta um incentivo em termos de transporte para que se tenha um “link” entre os eventos. Cinema e arte são partes fundamentais da cultura e construção gramadense.

Exposição Arte Movimento| Marina Telles 

Jeannine Art Wear faz a conexão entre o Festival de Cinema e o Centro de Cultura através da “arte vestível” e trouxe em sua coleção Gramado Corpo e Alma um pouco do espírito do Festival de Cinema: “A exposição Arte Movimento se dividiu em dois momentos, o primeiro foi um flashback de inspirações, ou seja, foi uma coletânea de várias coleções que eu tenho desenvolvido, tendo o foco na temática da preservação, da natureza, do patrimônio e da memória. E o segundo momento, como eu fiz essa parceria com a prefeitura de Gramado, integrando o Festival de Cinema, eu desenvolvi a ideia da exposição com esse espírito de conexão. Eu fiz as echarpes da equipe”. O staff do Festival está vestindo echarpes da coleção da Jeannine, suas obras trazem fotos impressas em tecido com temas de gramado, principalmente plantas e flores típicas da região.

Marina Telles| 4º Semestre de Jornalismo


Festival de Cinema apresenta produções italianas


Produtor Tommaso Mottironi | Foto: Caíque Cardozo

Em 2017, o Festival de Cinema de Gramado decidiu abrir um espaço dedicado exclusivamente a um país específico. O primeiro homenageado foi o Canadá, e nesse ano é a vez da Itália ser representada no Festival com os filmes Hotel Gagarin e Made in Italy. O evento foi organizado em parceria com o 8 ¹/2 Festival e será realizado nestas quinta e sexta-feira (23 e 24).
Tommaso Mottironi, um italiano que vive aqui no Brasil há alguns anos, é o produtor executivo do 8 ¹/2 Festival do Cinema Italiano e falou sobre como a ideia da Mostra Itália surgiu: “É uma parceria que começou no ano passado. A gente trouxe um filme antes do nosso festival anual (8 ¹/2), e meio na brincadeira surgiu a oportunidade da Itália ser o país convidado do Festival de Gramado. Então fizemos força para a Itália ser presente porque a área é muito rica de ascendência Itália, existe essa identidade cultural.
Na tarde de hoje (23), no teatro Elisabeth Rosenfeld, foi exibido Hotel Gagarin, de Simone Spada. O longa de 94 minutos conta a história de cinco italianos que buscam sucesso e são convencidos por um produtor a gravar um filme na Armênia. Mas ao chegarem a um hotel na floresta, uma guerra explode e o produtor foge com o dinheiro. “A ideia nesse filme é, a partir de um golpe, criar uma recuperação para um grupo de pessoas que estão desencantadas com suas atividades profissionais, com o mundo do cinema... tentar encontrar de novo a mágica de fazer cinema” comenta Mottironi.
Roger Lerina, jornalista cultural, integrante da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) esteve presente para a exibição de Hotel Gagarin e comentou sobre as expectativas: “Esse evento é associado ao Festival 8 ¹/2, um festival de cinema italiano que já acontece há alguns anos em Porto Alegre. E aí passam vários filmes da nova produção da Itália. Então acho super bacana que o país homenageado seja a Itália pela sua produção cinematográfica. Eu não vi Hotel Gagarin ainda, mas estou super curioso. É um grande acréscimo para o Festival de Cinema de Gramado”.
Nessa sexta (24), também no Teatro Elisabeth Rosenfeld, será exibido Made in Italy, de Luciano Ligabue. A entrada é gratuita para todos.


Dário Gonçalvez | 7º Semestre de Jornalismo 



Os desafios em torno da produção "A Palestina Brasileira"


Foto: Luiza Bangel


Gravar em zona de guerra é um desafio. O diretor do documentário gaúcho “A Palestina Brasileira”, Omar de Barros Filho, comenta em debate no 46º Festival de Cinema de Gramado sobre as dificuldades nas terras israelenses, onde o filme foi produzido. 
Mediado por Ivonete Pinto, o ponto alto do debate foram os relatos dos acontecimentos: o quarto de hotel em que o diretor do documentário estava hospedado foi roubado durante a madrugada e a equipe da produção de 79 minutos foi detida no mercado público de Belém, perdendo todo o conteúdo produzido até então. 
Para a boa execução da cinematografia, Omar comenta que precisou se transformar: “eu tinha que me tornar um palestino. Se não, seria só mais um jornalista falando sobre a Palestina”. A realização é um orgulho para ele, “o filme emociona de fato”.  
Ao fim, na abertura para perguntas para o diretor no debate, o espectador Rogério Ferrari introduz sua pergunta comentando que “o argumento do filme é a criança que vem para o Brasil com o pai e após o filho volta para a Palestina”, e ambos concordam que a produção retrata o amor. 

Amanda Ferreira| 3º Semestre de Jornalismo

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Com os personagens dos contos de fada, Oswaldo Montenegro traz entretenimento para toda a família


Diretor Oswaldo Montenegro | Foto: Gabriela Misievicx

O diretor Oswaldo Montenegro esteve presente no dia 22 de agosto no Festival de Cinema de Gramado. Conhecido por sua carreira como cantor, ele estreou no Palácio dos Festivais a sua mais recente produção "A chave do Vale Encantado". A trama apresenta personagens dos contos de fada. Logo após a exibição do filme ocorreu uma sessão de bate-papo com o próprio autor. 
 Com a atuação de João Reis e Paula Ferrari a trama retrata a vida dos personagens dos contos de fada. No " Vale Encantado" eles vivem uma vida normal sendo que são convocados para experimentar suas aventuras dentro dos sonhos das crianças. Entretanto, nem todos estão felizes com a forma como isso ocorre, ocasionando uma grande confusão.
Em entrevista exclusiva à Agecom, Montenegro contou que o principal foco do filme é o entretenimento voltado para toda a família e ressalta que sua principal inspiração foi através de seu livro publicado em 1996 “Vale Encantado” e ressalta que “inicialmente era um filme voltado para o publico infantil, mas acabou sendo para toda a família”.
Você pode conferir a entrevista completa no Instagram da Agecom.


Ariane Hanauer| 2º Semestre de Jornalismo


Curadores do Festival de Cinema de Gramado falam sobre o avanço do cinema brasileiro e latino-americano no Festival

Curadores do Festival de Cinema de Gramado| Foto: Nicolas Secco


A cada ano, a curadoria do Festival de Cinema de Gramado realiza um trabalho quase contínuo para a seleção dos filmes que participarão da competição. Neste ano Rubens Ewald, que participa desde a quarta edição do evento, Eva Piwowarski e Marcos Santuário, curador há 8 anos, são os responsáveis por esta tarefa dentro do Festival. A equipe faz o contato com realizadores e produtores de festivais no Brasil e no exterior muito antes do período das inscrições, para saberem o que está sendo produzido.
Todas as produções são assistidas pelos curadores e, posteriormente, as melhores são selecionados. A curadoria também faz a escolha de quem participará do júri, que fará a avaliação dos filmes com base nas categorias estabelecidas. Marcos Santuário destaca a importância de ter profissionais de diferentes áreas no corpo de jurados. “O júri é composto por um diretor, um ator, um distribuidor, um exibidor, um produtor para ter a cadeia produtiva do cinema”.
Ao longo dos anos vem aumentado a performance do cinema brasileiro e latino-americano, tem mais filmes sendo produzidos e nisso tem melhorado a qualidade dos filmes”, pontua Santuário. Já Rubens considera o tradicionalismo da cidade de Gramado como um fator importante para a consolidação do Festival como um dos melhores do país.


Amanda Ferreira, Jade Guimarães e Júlia Felizardo | Acadêmicas dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas.

Festival de Cinema de Gramado discute os filmes exibidos na mostra

Filmes apresentados na noite de terça-feira foram debatidos nesta quarta (22)
Da esquerda para a direita: Tatiana Sager, Nestor Guzzini e Lucia Gaviglio Salkind


A produção audiovisual brasileira e latino-americana está em debate no Festival de Cinema de Gramado. Após cada exibição as obras são discutidas com a presença de diretores, atores e público. Uma oportunidade de se conhecer bastidores e detalhes de cada produção. Nesta quarta-feira (22) o foco dos debates foram os filmes exibidos na noite anterior.
Obras como “Catadora de gente” e “Mi Mundial” foram debatidas. Ambos retratam histórias diferentes, mas com um mesmo objetivo, “nunca deixar de sonhar”. Os atores do filme “Mi Mundial”, gravado e dirigido por argentinos, uruguaios e brasileiros, apresentaram à imprensa uma pauta que gira em torno da realidade que é viver em um mundo completamente diferente do seu, o mundo do esporte.
Em Mi Mundial a família Tito passa a adquirir bens de uma forma inesperada, com o talento dele no futebol. Isso até que Tito, um garoto sonhador e muito jovem, sofre uma lesão muscular gravíssima e acaba tendo que passar por procedimentos, para um dia voltar a jogar e atuar para o seu tão sonhado clube, São Paulo FC.
Já o filme “Catadora de Gente” apresenta a vida de uma senhora que trabalha no lixão e transforma seu cotidiano e de sua família apenas com o conhecimento adquirido, por livros achados no lixo. Maria, que atua no filme, conta que fazia coleção de livros em sua casa, tendo mais de 600 livros espalhados, de todos os gêneros.
Para a catadora ler era um hobbie que a fazia ter a maior riqueza do mundo, que é a sabedoria. Aos poucos Maria foi se desfazendo dos livros, doando alguns, colocando outros de volta na lixeira. Ela conta que através destes livros ela conseguiu entender como seriam as leis e então passou a ajudar as pessoas que viviam da mesma forma que ela.

Larissa Pires | 2º Semestre de Jornalismo