segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A imprensa no Festival de Cinema

O Festival de Cinema de Gramado começou no dia 10 de agosto, desde então, muitos jornalistas já passaram por aqui fazendo coberturas jornalísticas envolvendo os atores, diretores, produções e filmes presentes.


Joel Souza                                                                                      Foto: Alex Seixas
Dentre os jornalistas do Brasil todo que vieram para a Cidade Luz, encontra-se o editor-chefe Joel Aguiar Pereira de Souza, que veio do Rio de Janeiro, pela segunda vez, representando o site “Lixeira Dourada”.  Joel Souza, como ele costuma assinar as suas reportagens, destacou que o Festival possui um tamanho bastante pequeno, e isso acaba unindo mais o pessoal da imprensa. “O festival do Rio é gigante, tem 400 filmes por ano, coisa de 100, 150 convidados, então, por mais que a gente faça uma cobertura extensa, você não fica próximo do restante da imprensa, não fica próximo de ninguém do filme”.

Já Mariane Zendron do site UOL, veio de São Paulo e está pela primeira vez cobrindo o Festival, comentou que está aprendendo muito sobre cinema, gostando bastante dos filmes e da cidade.

E não são somente os sites que estão participando da cobertura jornalística, outros meios de comunicação, como a TV, também marcam presença o tempo todo. Regina Lima, repórter especial do “Jornal do Almoço”, esteve hoje presente no Festival, participando ao vivo do programa. Bastante receptiva, a repórter falou que vem ao evento a muito tempo, mas sem uma regularidade fixa. A jornalista destacou que  as mudanças que o Festival sofreu. “O Festival ele mudou bastante, porque no início ele tinha essa característica dos famosos, tanto que as pessoas que passam pela rua vem perguntar para a gente direto isso, ‘quem é que vem hoje de famoso?’”. Quando pega de surpresa, com uma pergunta questionando o que nunca haviam lhe perguntado e ela gostaria de responder, ela de forma bem humorada ficou sem resposta. “Na verdade a gente não pensa na hora de responder, porque a gente só se preocupa com as perguntas”, finalizou.

Regina Lima                                                                                 Foto: Alex Seixas

A TV Feevale, que é a TV oficial do Festival, também está fazendo uma grande cobertura. O repórter Jerônimo da Paz destacou que desde o início das atividade a TV Feevale faz a cobertura do Festival, porém esta é a primeira fez que assume o posto de emissora oficial do evento. O jornalista chamou a atenção para as discussões que o evento propõe. "Chama a atenção a qualidade dos debates com os críticos e jornalistas especializados em cinema. Eles tem bastante conteúdo, bastante conhecimento sobre o mercado cinematográfico", concluiu.

Jerônimo da Paz                                                                                      Foto: Aline Saft

Marcos Roberto Heck
Acadêmico de Jornalismo - 1° Semestre

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Giovanna Ewbank e Paulo Vilela falam sobre as gravações do filme Amor proibido

Foto: Daiana Lopes

A 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado está em sua reta final. Na tarde desta sexta-feira, 17 de agosto, foi apresentado no Palácio dos Festivais o curta metragem “Amor proibido”. Do elenco estiveram presentes a atriz Giovana Ewbank e os atores Paulo Vilela e Thogum Teixeira.
O curta conta a história de Marina (Giovana Ewbank), uma moça que se apaixona por seu melhor amigo homossexual.
Para Giovana, a tendência que o ser humano tem a se apaixonar por outro ser humano é normal. “A minha personagem se apaixonar por um homossexual, não tem muita diferença de se apaixonar por um hetero; ela se apaixonou pelo ser humano que era o personagem do Paulo”, opinou.
A atriz diz que, quando viu o roteiro de “Amor proibido”, logo se interessou, por se tratar de um assunto que mexe bastante com o público. “Me interessei justamente por essa questão, para ver se a gente consegue abrir um pouco os olhos da sociedade e das pessoas que ainda tem esse preconceito”, relatou.   
Circulando pela cidade dos festivais desde a última quarta-feira. Assim estava o ator Paulo Vilela, que apontou o quanto foi divertido e desafiador, interpretar um personagem homossexual na produção “Amor proibido”, ao lado da atriz Giovana Ewbank. “Como qualquer outro papel, foi um grande desafio”, revelou Vilela.
Sobre o festival o ator relatou o quanto ele se encaixa com a cidade “É legal esse clima, essa cidade é charmosa e ainda por cima gosta de cinema.”, comentou, animado. Ele lamentou apenas as altas temperaturas que estão fazendo na região neste ano, pois gostaria que estivesse mais frio.
O curta metragem “Amor proibido” não é o único trabalho de Giovana Ewbank. A atriz está em cartaz com a peça teatral “O grande amor da minha vida”. “Estamos viajando em turnê pelo Brasil neste ano”, enfatizou. Além disso, especula-se sobre as gravações de um novo filme que a atriz começará a gravar no início do ano que vem. 

Daiana Vieira Lopes - acadêmica de Jornalismo - 6º semestre
Alex Seixas - acadêmico de Jornalismo - 1º semestre

Um assunto para se pensar

O diretor Hans Mülchi Bremer                                                Foto: Luana Petry

“No começo conhecemos a história através das fotografias e a primeira intenção era conhecer a história e investigá-la profundamente, mas ao longo da pesquisa que fizemos na Europa encontramos ossos de índios”, afirma o diretor Hans Mülchi Bremer em uma coletiva de imprensa de hoje no Festival de Cinema de Gramado.  Assim, com a fala do próprio diretor é que inicio essa matéria, demonstrando que, às vezes, os projetos que começamos em nossa vida podem terminar de forma inimaginável.
O documentário “Calafate - Zoológicos Humanos” relata uma simplicidade histórica, voltando-se ao passando, mais precisamente no final do século XIX, em que os membros de quatro grupos - mapuche, tehuelche, kawésqar e selk’nam - acabam sendo capturados para serem exibidos em um Zoológico Humano europeu, em que o público acabava pagando para os verem. Eles passam por uma série de problemas ao longo da trama, acabam contraindo doenças, sofrendo agressões sexuais e outros acabam morrendo por não aguentarem a tortura.
O diretor Hans Mülchi Bremer quer que as pessoas que assistirem a esse documentário se questionem e tentem buscar reflexões para entender e evitar os possíveis abusos que poderão acontecer no futuro se as pessoas não forem mais humanas. Apesar de todos esses problemas, ele mostra de forma impactante o racismo e as negligências que muitas pessoas sofrem na pele por inúmeras autoridades que abusam inconsequentemente do poder que têm nas mãos.  “Vendi um carro para poder ir até a Europa”, essas foram as últimas palavras de Hans no final da coletiva, mostrando para todos que se faziam presentes no evento de que se temos um sonho, devemos  correr para tentar alcançá-lo.
Termino essa matéria, deixando esse documentário como uma boa dica de que realmente vale a pena assisti-lo para que cada um tire as suas próprias conclusões e enxerguem melhor o que acontece ao nosso redor.
Luciana Cantú
Acadêmica de Publicidade e Propaganda - 2º Semestre

Acadêmicos da Feevale elaboram quiz

Aline fazendo entrevista                                                    Foto: Zaniga Zacharia
Estudantes dos Cursos de Comunicação Social da Universidade Feevale estiveram, na quarta e sexta-feira, produzindo um quiz com as pessoas presentes no Festival de Cinema de Gramado. Foram perguntas sobre a história do festival, que este ano comemora 40 anos.

O foco foi colocar em prática o que os estudantes aprenderam em sala de aula. "Promover experiências jornalísticas para o pessoal da Agecom", resumiu Zaniga Zacharia, aluna do curso de Publicidade e Propaganda e voluntária da Agecom.

Aline Cristine Saft, também estudante de Publicidade e Propaganda, destacou uma inusitada entrevista feita com Nelson Machado, que estava vestido de Capitão América, clique aqui para saber mais sobre o Nelson. As duas acadêmicas concordaram quanto as dificuldade de achar pessoas que não se sintam intimidadas pelas câmeras e gravadores. "Entrevistar um cara que já tem experiência, é bem diferente do que entrevistar uma pessoa comum na rua", comentou Zaniga, se referindo a um entrevistado que havia acabado de dar uma entrevista ao vivo pelo celular. "Ele foi bem acessível, a gente pediu e ele aceitou na hora, porquê ele deve saber como é ruim conseguir gente para entrevistar", finalizou Aline.

Para assistir os vídeos realizados pelos alunos da Agecom, clique aqui.


Marcos Roberto Heck
Acadêmico de Jornalismo - 1° semestre

Curtas “#” e “Piove, il film di Pio” concorrem no festival

Arthur Gutilla e André Farias, diretores de "#"

O Festival contou com a presença dos diretores dos curtas "#", Arthur Gutilla e André Farias, e "Piove, il film di Pio", Thiago Mendonça, em coletiva para a imprensa em seu oitavo dia.

"#" (jogo da velha) é uma animação que joga com a técnica de "light painting". Gutilla explica a opção pelo efeito: “Queríamos fazer o filme em "light painting", que é um truque fotográfico. Queríamos explorar isso, mas não queríamos que fosse algo vazio. Pensamos ‘Vamos fazer um cara que grafita com luz e desenha a história da cidade’. A cidade tinha que ser um personagem e o antagonista do filme acabou sendo a própria cidade de São Paulo”, revela o diretor.
Quanto ao título do curta, André Farias explica: “Deixamos uma interpretação verbal, é um símbolo e traduz bem a idéia do filme. Acho que funciona e ainda gera uma dúvida que acaba por ajudar também”.
Thiago Mendonça
Já "Piove, il film di Pio" conta a relação do cineasta italiano Pio Zamuner com o cinema e a Boca do Lixo, lugar que foi pólo da indústria cinematográfica nos anos 1970, em São Paulo. "O Pio era um diretor que vivia rodeado de seus fantasmas. O pessoal da Boca parou de freqüentar o espaço e todo o dia o Pio freqüentava o mesmo botequim e ficava por lá", diz Thiago Mendonça.

Apesar da nacionalidade, Pio viveu a maior parte de sua vida no Brasil e ajudou em muito o cinema nacional em sua época.“Eu queria falar da relação do Pio com o cinema, que é muito bonita. O que me interessava era a paixão dele pelo cinema de viver e transpirar cinema”, conta Mendonça, que ressalta a paixão de Pio pela terra a qual adotou. “A família dele o levou para a Itália e ele voltou para a Boca do Lixo. Ele queria ficar ali até o fim dos dias na Boca do Lixo. Queria mostrar isso no jeito dele de ser e foi a forma que encontramos para mostrar isso”.
Ambos os curtas tiveram exibição na noite de ontem e concorrem na Mostra Curta Metragem.
Texto: Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo – 1º Semestre
Fotos: Luana Petry
Acadêmica de Publicidade e Propaganda - 3º Semestre


Coletiva de “O som ao redor” lota Sala de Debates

Equipe de "O som ao redor"

Após a sessão do filme “O som ao redor” ser interrompida na noite de ontem, devido à queima de um driver que impediu sua continuação, o longa teve nova exibição na manhã de hoje, o que acabou atrasando os trabalhos. Uma hora e meia depois do previsto, a Sala de Debates da Sociedade Recreio Gramadense estava lotada para acompanhar a coletiva do filme.
Kleber Mendonça
A película retrata a rotina de uma rua de Recife que muda com a chegada de uma milícia que promete paz e tranqüilidade a seus moradores. Um dos pontos importantes é a importância do som no enredo do filme, e o diretor Kleber Mendonça explica a idéia: “Queria uma trilha que fosse mais do que um efeito de som e menos do que uma música. O trabalho de som é fruto de uma equipe excelente. O filme foi 80% mixado em Recife, na Carranco Estúdios e depois no Rio. Ouço muito as cidades. São Paulo, por exemplo, tem um som ‘doente’ e muito específico, ao mesmo tempo. Tentei colocar o som de Recife nesse filme”.
“O filme sempre foi uma observação muito pessoal minha em relação a um lugar que já conheço. O Recife inteiro, hoje, é um canteiro de obras. Há um movimento muito contra isso no Recife e há alguns resultados bem positivos em relação a isso”, comenta o diretor que, inclusive, mora onde o filme foi rodado, “O filme foi rodado naquela rua, onde moro, e nos arredores da rua, no bairro de Setubal. Já não tem quase mais casas. A personalidade que ele tem é de não ter mais personalidade”.
Waldemar Solha
Um fato interessante do longa é a volta do ator Waldemar Solha às telas: “Eu tinha jurado nunca mais dar uma de ator, e consegui fazer isso por 8 anos. Falei que não queria fazer o teste para ser o personagem Francisco e o Daniel Aragão (produtor de elenco) insistiu. Ele me mandou o roteiro por e-mail e me ganhou”, conta o ator. Mendonça explica a respeito da escolha do elenco: “Acho que quando você escolhe um elenco de um filme, você não escolhe apenas o perfil do profissional, mas também a pessoa que vem junto ao profissional, e isso me fascina”.
Questionado se o filme poderia virar posteriormente uma série, o diretor ressalta as dificuldades de manter um enredo de qualidade durante um longo período: “A idéia de fazer do filme uma série me deixa assustado, a estrutura do filme deixa ele aberto a isso, mas não sei se conseguiria”, finaliza o diretor.

Texto: Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo - 1º Semestre
Fotos: Luana Petry
Acadêmica de Publicidade e Propaganda - 3º Semestre

Leonardo Machado dá entrevista para nosso blog

Leonardo Machado        Foto: Jéssica Gutierrez  

Antes de “encontrar sua turma”, como ele mesmo diz, Leonardo Machado já trabalhou no campo, como motorista de táxi, caminhoneiro e até jogou futebol. Atualmente, é um ator consagrado tanto em novela, quanto em teatro e cinema, com participação em três filmes no 40º Festival de Cinema de Gramado – Insônia, A Casa Elétrica e Estrada. "Entrei pro teatro porque um amigo meu disse que pra ser ator, geralmente, precisa saber fazer muita coisa", relatou em entrevista para o blog Feevale no Festival na manhã desta sexta-feira.
Para Leonardo, é muito bom estar novamente no evento. “O Festival faz parte da minha história. Vim pra cá com meu primeiro curta-metragem e estreei meu primeiro longa como protagonista aqui também”, lembra. 

O ator conta que não chegou a contracenar com Luana Piovani na gravação de Insônia, mas que a conheceu logo em seguida. “A espontaneidade dela é uma coisa linda de se ver. Quando está atuando parece uma criança”. E desde que começou a fazer comédia, também adquiriu esse olhar de criança. “Antes eu ficava mais com papeis dramáticos, queria fazer Hamlet. Agora sei que atuar também é brincar, sempre”, relata. 

Sobre a atuação na série “Filé de Borboleta e outros causos”, que tem última exibição amanhã, dia 18, na RBS TV, diz que já está sentindo saudades. Ele conta que era mestre de cerimônias no Festival de Cinema do ano passado, e, durante o evento, Luiz Coronel lhe entregou o livro (chamado Filé de Borboleta, o Don Juan de Bagé). Na dedicatória, o escritor gaúcho surpreendeu Leonardo ao escrever: “para o verdadeiro filé de borboleta”. Mais tarde, surgiu a proposta de interpretar o protagonista na série, e não hesitou em aceitar. “O elenco é muito bom e a gente riu do primeiro ao último dia”, afirma. “Tem que ter uma segunda temporada”.

Jéssica R. Weber
Academica de Jornalismo - 4º semestre

O Capitão América está em Gramado

Nelson Machado, o Capitão América de Gramado                                           Foto: Alex Seixas


Durante o Festival de Cinema de Gramado, muitos turistas acabam vindo para a cidade, o que acaba gerando ações de marketing inusitadas por parte das lojas.

Próximo ao Palácio dos Festivais, onde são exibidos os filmes, estava Nelson Machado, fantasiado de Capitão América e encarnando o personagem com bastante fidelidade. O heroico soldado, estava divulgando a loja Nando Toys e apontou que mesmo estando a serviço, foi muito bom ver o sorriso das pessoas, que ao avistarem, vieram conversar e tirar fotos. É a primeira vez que ele exerce este trabalho em Gramado e está sendo um sucesso. "A aceitação é grande, porquê o meu trabalho é realmente encantar, antes de tudo. Eu não vendo somente a minha imagem, eu vendo o ambiente, eu vendo o espaço que a cidade de Gramado merece", finalizou o Capitão América.


Marcos Roberto Heck.
Acadêmico de Jornalismo - 1° semestre

"Um bom filme é aquele que a família assiste junto"



“Para um filme ser premiado, ele precisa ter ação e levar o público a pensar”. Essas palavras são do roteirista mineiro Ari Fernandes da Silva, que está participando pela primeira vez do Festival de Cinema. “Já tenho muitas ideias para escrever e levar para Minas Gerais, principalmente sobre temas de problemas sociais”, enfatizou.

Segundo o roteirista, temas polêmicos como pedofilia não chamam mais tanta atenção do público. “Chega um momento em que a sociedade cansa de ouvir falar sobre isso”, observou. Na lista dos filmes em melhor qualidade que já assistiu até hoje, ele classifica “O som ao redor” e “360”, filme que foi apresentado na abertura do Festival. Ari escreve roteiro de romance e comédia romântica, de classificação livre. “A categoria drama sempre ganha algum prêmio”, orientou. “Um bom filme é aquele em que a família pode assistir junto, e que não tenha limite de idade”, concluiu. 

Daiana Vieira Lopes
Acadêmica de Jornalismo - 6º semestre

O calor prejudica a venda de chocolates

Fábio Marion                                                                               Foto: Alex Seixas
O clima interfere no comércio, nós já havíamos postado aqui, que algumas vendas em Gramado estavam sendo afetadas pelo calor. Mas até um dos grandes destaques da Cidade Luz está sofrendo com isso, o chocolate.


Ir para Gramado e comer um chocolate em um dia frio, certamente é o desejo de muitos turistas que viajam até Gramado. Porém, 2012 tem sido um ano atípico, como destacou Fábio Marion, gerente da loja "Chocolates Gramadenses". "A gente esperava que fosse uma época de frio, de geadas, neves, que não aconteceram. Esse calor está atrapalhando gradativamente, prejudicando as vendas". Fábio também fez um contraponto com 2011, que foi um ano com um inverno bastante rigoroso e ótimo para as vendas. Porém, apesar das vendas estarem baixas não chega a ocorrer prejuízo. "Os turistas não deixam de vir, estão sempre aqui prestigiando as diversas fábricas e lojas de chocolate. Só que, a gente esperava um pouco mais, o frio nos ajuda muito", concluiu.

Marcos Roberto Heck
Acadêmico de Jornalismo - 1° Semestre

Como turistas e moradores de Gramado veem o Festival

Ana Margarida e Edgar, de Campo Grande, em frente ao tapete vermelho

Para a imprensa brasileira, no mês de agosto, Gramado é sinônimo de Festival de Cinema. Mas nem tudo gira em torno do tapete vermelho neste período. Marcio Zamboni, 24 anos, é um exemplo disso. Embora tenha nascido e crescido em Gramado, nunca assistiu a uma exibição no Festival, tampouco esperou alguma celebridade passar no tapete vermelho. “Nunca me chamou a atenção”, diz. Quando perguntado sobre se nenhum artista valeria a espera, acha graça: “gosto de Jackie Chan, mas dificilmente ele viria”.


Já Claudio Caetano da Silva, frentista de um restaurante de Gramado, gosta do Festival justamente pela possibilidade de conhecer atores. Conta, animado, que na última semana conheceu André di Mauro, da novela da Record que assiste, Vidas em Jogo. “Quando vi pela primeira vez no restaurante, não tinha certeza que era ele. Mas na outra noite ele veio, e resolvi falar com o cara”, salienta. Claudio conta, animado, que além de tirar foto com André, ainda ensinou-lhe uma expressão. “Ensinei ele a falar firme e forte. Sei disso porque no outro dia ele voltou e repetiu isso para mim, fazendo sinal de positivo com as mãos”, conta.


Além disso, muitos dos turistas que vão a Gramado nem se dão conta de que o Festival está em andamento. Ana Margarida Oliveira Resende, 46 anos, é de Campo Grande, Mato Grosso, e está a passeio na cidade com o marido, Edgar. Quando comprou o pacote de viagens, nem sabia da existência do evento - mas aprovou a surpresa. “No domingo, uma senhora, que no dia seguinte até vi no jornal, me convidou para entrar no tapete vermelho, para assistir dois curtas”, lembra. Ela se sentiu igual à atriz Juliana Didone no momento.


A professora Carmen Bückert, de Porto Alegre, também visitava a cidade na manhã de hoje. Ela conta que vai à Serra uma vez por ano, e a visita nunca havia coincidido com o período do evento antes. “Eu sou cinéfila”, destaca. “Gostaria muito de assistir um filme, até para valorizar o cinema brasileiro, mas o meu marido não tem paciência”.

Jéssica R. Weber
Academica de Jornalismo - 4º semestre

Ator e diretor de "Vinci" circulam pela cidade dos festivais


Na manhã de ontem, foi apresentado o filme “Vinci”, que contou a história do artista renascentista italiano Leonardo da Vinci. Um longa-metragem que prendeu a atenção do público que esteve presente na sala de cinema do Palácio dos Festivais.
Em entrevista ao diretor Eduardo del Llano, podemos entender melhor como foram as gravações. Segundo ele, o Festival de Cinema de Gramado é o primeiro evento, no qual o filme está concorrendo. “Buscamos sempre fazer o melhor para alcançar sucesso no filme”, exclamou Del Llano. Ele ainda revelou que o filme “Vinci” levou três semanas para ser gravado, sem contar no tempo que ficaram ensaiando antes da gravação. “Ensaiamos por um mês para até as filmagens oficiais”, declarou.
É a primeira vez que o ator Carlos Gonzalvo, intérprete de Luigi, e o diretor estão visitando o Brasil, e para eles está sendo uma nova experiência. “Gostei muito de Gramado, tem um estilo europeu, que me encantou muito”, contou Gonzalvo. “Gostei muito das mulheres, são muito bonitas, e as paisagens também”, revelou Del Llano, entre risos.
O ator Hector Mendina, intérprete de Leonardo da Vinci, já esteve no Brasil ano passado, na cidade de Fortaleza, onde ganhou um prêmio de melhor ator em um festival. “A cidade é muito bonita, o Festival de Cinema está muito bem organizado”, elogiou Mendina. Os atores e o diretor vão ficar na cidade até domingo, quando assim partirão para Cuba.

Daiana Vieira Lopes
Acadêmica de Jornalismo - 6º semestre

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Xico Stockinger, de Frederico Mendina

Frederico Mendina                                                                       Foto: Alex Seixas

Na tarde desta quinta-feira, 16 de agosto, às 15 horas, ocorreu a exibição da Mostra Especial do Cinema Gaúcho - Xico Stockinger, de Frederico Mendina. O documentário apresenta toda a história do artista plástico Francisco Stockinger, que se destacou como um dos maiores escultores do país.

O diretor do documentário destacou que a cultura é um dos principais valores do Brasil. ”Eu acredito muito no Brasil, eu acredito muito na produção artística do Brasil. Faz alguns anos que o principal produto de exportação brasileiro em termos de retorno financeiro, é a cultura, a arte. E no entanto só se fala de soja, arroz e trigo”.

Ainda sobre a valorização da nossa cultura, Mendina comentou a perda de grandes nomes que merecem ser valorizados, mas que não receberam documentários. E como surgiu a ideia de criar o atual longa. “Eu conheci o seu Xico, sua família e acabei começando a gerir a ideia”, destacou.

Este é o primeiro longa-metragem de Frederico, que falou dos desafios que enfrentou. “A principal dificuldade é por ser iniciante, você sendo iniciante não conhece o caminho das pedras. Depois que você pega o ritmo, não é que a coisa fica mais fácil, mas ele não fica mais sofrido.”

“É aquilo que o seu Xico fala, que você tem um sonho, ai você vai correndo atrás e daqui a pouco está ai, se materializou e as pessoas estão compartilhando o teu sonho, conversando sobre ele. E o teu sonho não é mais teu, ele é público.” finalizou Mendina.

Marcos Roberto Heck
Alex Seixas
Acadêmicos de Jornalismo - 1° Semestre

Diretor Caetano Gotardo promove "O que se move"

Caetano Gotardo                              Foto: Laura Muniz


O diretor capixaba Caetano Gotardo esteve presente em coletiva para promover seu primeiro longa-metragem “O que se move”, exibido na noite de quarta-feira, 15. O filme, que conta a história de três mães que perderam os filhos, conta com as atrizes Andrea Marques, Cida Moreira e Fernanda Viana.

A trama do filme é apresentada de forma dramática e para dar mais densidade às cenas, Gotardo fez questão que as atrizes cantassem de forma narrativa. “As letras surgiram no roteiro, sem melodia ainda porque as cenas são narrativas do filme, o roteiro não poderia existir sem ela. Havia um roteiro inicial e fomos escrevendo as letras em cima do roteiro.”, conta o diretor que explica a carga emocional do filme: “Pra mim era essencial que fosse som direto porque a minha vontade era ver a Cida, a Fernanda e a Andrea cantando e não faria nenhum sentido dublar as músicas porque eram cenas muito emocionais e a força dessas emoções tinha de ser delas cantando em cena”.

Em seu primeiro filme, o diretor se aproveita das cenas longas para transportar o espectador para dentro da cena.“Eu queria olhar pra esses personagens. A ideia não era narrar e sim olhá-los. Tenho a impressão de quando algo tão extremo acontece, a gente coloca uma lupa nessas situações. Eu queria que o filme olhasse ao redor dos personagens e das situações. Toda a questão do tempo foi muito pensada e, pra mim, era essencial para o que eu queria pro filme”, conclui.

Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo – 1º Semestre

E quem disse que gente famosa não compareceu no Festival de Cinema?



Hoje a presença de uma Miss agitou à tarde no tapete vermelho. A Mini Miss desfilou pelas ruas da cidade, esbanjando beleza e simpatia.
Milena Stempanienco de 6 anos foi eleita Mini Miss Alemanha/Brasil este ano. Natural de Santa Cruz do Sul, a menina esteve circulando pelo festival com sua mãe Maria Helena Stempanienco, que narrou como foi à premiação de sua filha no concurso de beleza infantil.
“A concurso contou com show de talentos, desfiles e uma entrevista. A Milena se destacou por isso venceu”, contou a mãe da pequena toda orgulhosa pelo feito.
O primeiro título foi de mini Miss Santa Cruz do Sul quando tinha 5 anos.
A própria menina relata sua trajetória. “Eu acho legal participar dos concursos, não importa se você ganha o importante é competir, participar dos desfiles”.
Apesar do convite para participar no festival que veio da prefeitura da cidade de Gramado, a garota tem expectativa de ver alguém famoso. Mas isto está sendo uma frustração para Milena e também para os turistas e visitantes, pois ainda não se teve notícia de famosos circulando, apenas os homenageados e o ator Rodrigo Pandolfo, que interpreta o advogado Humberto, na novela Cheias de Charme, estiveram circulando pela cidade dos Kikitos.O ator esteve na cidade por conta do filme de Matheus Souza,  "Eu não faço a menor ideia do que eu to fazendo da minha vida" onde atua.
Com muito humor, ao comentar sobre a ausência dos artistas famosos no festival, Milena lembra.“Vim no festival para me divertir e os ver, mas até agora não vi ninguém, só eu mesma".
Quem sabe hoje à noite a menina e o público vão poder matar a vontade de ver algum famoso circulando.
A noite já está anunciada a chegada da atriz Betty Faria, que é uma das homenageadas desta edição do Festival.
O negócio é não perder a animação.


Jéssica Silva
Acadêmica de Jornalismo - 2º semestre

David Eduardo Mascareñas Torres
Intercambista de comunicação social da Universidade De La Salle Bajio - 5º semestre 


Curta “A mão que afaga” tem representantes em coletiva


Quem também esteve presente na Sala de Debates na Sociedade Recreio Gramadense foi a equipe do curta “A mão que afaga”, que teve exibição na noite de ontem. O enredo retrata o universo de Estela, uma atendente de telemarketing que devido à sua rotina de trabalho tem dificuldades em estabelecer laços afetivos.

A diretora Gabriela Amaral Almeida comenta a situação da personagem: “Pra mim, o telemarketing é muito sintoma da realidade que a gente vive. São pessoas que se comunicam sem se comunicar. Está sempre relacionado com gente, mas carece de laços”.

O ator Antônio Camargo, de apenas 11 anos, interpreta o menino Lucas, de 9 anos, e conta: “Foi a primeira vez que me vi numa telona gigante e foi muito legal. Antes fazia alguns comerciais.” O pequeno ator arrancou elogios da própria diretora do curta: “O Antônio é um ator nato, muito concentrado e não me deu nenhum trabalho”, mas avisa: “Bronca eu não levei, mas quietinho mesmo só na hora de filmar”.

O curta é mais um concorrente da Mostra Competitiva Curtas Nacionais.

Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo - 1º Semestre

Núcleo de Rádio da Feevale na cobertura do Festival de Cinema de Gramado



A Universidade Feevale está presente em mais um dia do Festival de Cinema de Gramado. O núcleo de Rádio, através do programa Frequência Livre, transmitido pela Rádio ABC 900, está desde a última segunda-feira buscando transmitir alguns dos momentos do maior festival de cinema da America Latina.
O acadêmico de Jornalismo Júlio Patrício, de 27 anos, que faz parte da equipe do núcleo de rádio, diz que todos já chegam à Gramado com a sua função. “É tudo definido na reunião de pauta; quem fica na locução, produção, roteiro e as matérias que cada um fará”, explicou.  O estudante, que está participando pela segunda vez na cobertura do evento, conta que está sendo um grande aprendizado. “É uma experiência fora do sério estar participando de um dos maiores eventos da America Latina”, confessou, entusiasmado. “Aprendemos também a ter postura diante de ícones conhecidos do cinema que chegam por aqui”, ressaltou.
Para acompanhar a cobertura do Frequência Livre, produção do núcleo de rádio da Feevale, basta acessar o site: www.abc900.com.br. O programa também possui uma conta no Facebook (www.facebook.com/frequencialivre) e no twitter: @f_livre. 

Daiana Vieira Lopes
Acadêmica de Jornalismo - 6º semestre

Diretor e ator do curta “Funeral à cigana” dão coletiva

Fernando Honesko e Germano Melo          Foto: Ana Cristina

Mais uma vez, o dia foi cheio de debates no Festival de Cinema de Gramado. No Salão de debates da Sociedade Gramadense estiveram presentes o diretor Fernando Honesko e o ator Germano Melo, do curta-metragem “Funeral à cigana”, que teve exibição ontem à noite. A produção conta a história de Sandro, cigano que tem de levar o corpo de seu pai recém-falecido à sua terra natal, mas passa por problemas para cumprir com suas tradições.

O elenco conta com dez ciganos, atores não-profissionais, e Honesko contextualiza o filme: “O filme surgiu da ideia de fazer um documentário sobre a cultura cigana. Durante uma pesquisa descobri que seria mais viável fazer uma ficção. E essa ideia trouxe a possibilidade de os ciganos contarem histórias do dia a dia deles, sem contar suas histórias pessoais”, comenta.

Por se tratar de um filme que aborda uma cultura tão peculiar, o diretor revela que teve problemas ao longo do processo: “Desde quando o roteiro nasceu, tive a preocupação de que fosse algo que pudesse acontecer na vida real e isso me gerou um grande problema. Esse foi o grande nó do roteiro”, comenta Honesko, que acabou fazendo do filme uma ficção: “Eles têm muito pouco interesse em participar da nossa cultura, pois têm uma cultura muito própria”.

O ator Germano Melo faz o papel de dois personagens diferentes, o cigano Sandro e o Soldado Rangel, o que pegou o público de surpresa ao revelar na própria coletiva. “Pra mim, não ser reconhecido é o maior elogio que um ator quer receber, porque o ator sempre quer se mascarar, né?”, brinca ele, que compartilha: “Pra mim, foi uma escola o filme, em vários sentidos. Foi um aprendizado porque além de me divertir e me emocionar, eu tive uma integração total com o cinema”.

O curta concorre na Mostra Competitiva curtas Nacionais, que terá sua premiação no sábado, dia 18 de agosto, encerramento do Festival.

Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo – 1º Semestr

Longa-metragem 'Vinci' valoriza a cultura da arte e beleza


Um longa-metragem que retrata a história de um artista renascentista Italiano, que nasceu em 15 de abril de 1452. A Mostra Competitiva desta quinta-feira, 16 de agosto reprisou o filme “Vinci”, do diretor Eduardo Del Llano.
O ator Carlos Gonzalvo, que representou Luigi no filme, começou sua carreira fazendo teatro. A partir daí, a vontade de fazer cinema veio a tona em sua vida. “Faz oito anos que tenho um programa de TV humorístico, em Cuba”, revelou. Porém, o ator ainda sonha em voltar aos palcos. “Quero voltar a fazer teatro”, exclamou.
Ao falar da composição de seu papel no filme, o ator Hector Mendina confessou que tinha medo de entrar em uma personalidade de época. “Deu trabalho até me acostumar com o jeito afeminado da personagem, o diretor me ajudou bastante”, relatou. Eduardo del Llano, diretor do longa, conta a grande referência de preparo ao personagem de Hector foi Johny Deep. “Foi complicado poder fazer o personagem de Vinci jovem, há poucas referências e isso nos permite fazer uma versão única do mesmo”, enfatizou.
O diretor ainda disse que a arte não se acabará e que a beleza não deve ser limitada ao exterior. “A arte nunca ficará velha”, exclamou. Com respeito ao longa “Vinci”, Del Lllano revelou que é complicado fazer filmes em Cuba, seu país de origem, e que quase todas as produções que são feitas, são co-produções. “Essa não é, e ainda assim o resultado foi barato, estamos falando de 52 mil dólares”, afirmou.  
Como Del Llano não queria que o filme fosse de caráter violento, mesmo que fosse gravado em uma prisão. Por isso, fez uma pesquisa em filmes de época para assim poder entender um pouco mais sobre o contexto e o ambiente do longa. “O primeiro longa-metragem que realizo, traz a cultura universal e não somente a cubana”, finalizou.

 Daiana Vieira Lopes
acadêmica de Jornalismo - 6º semestre