sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Entrevista com a produtora Niny Ring

   Após a coletiva de imprensa do filme “Quando Parei de Me Preocupar com Canalhas” , conversamos com a produtora do filme Niny Ring. Ela já trabalhou como assistente de produção em produtoras como Bossa Nova Filmes, Delicatessen Filmes, Onírica Studios, entre outros. Ela foi a primeira a integrar a equipe do diretor Tiago Vieira. Confira a entrevista:

Niny Ring
Foto: Daiane Rodrigues da Cruz

- Porque tu aceitaste fazer o filme com o Tiago?
 Na verdade eu fiquei muito feliz por ele ter feito o filme comigo. Eu montei a Araruna Filmes em 12/12/12 e meu objetivo era de divulgar iniciativas para melhorar o mundo. Eu acredito muito no cinema como uma ferramenta de transformação social, e em 2012 o mercado estava um pouco complicado e comecei a olhar mais para as ONGs e institutos e pensei “ONG, você não tem um filme, você está precisando”, e eu achei projetos muito legais, mas eles não tinham verba para a produção, no máximo tinha 500 reais e eu dividia com meus amigos e a gente fazia um filme com pouca verba. Uma faculdade chamada ESPM me ligou falando que souberam que eu tinha uma produtora e me convidaram para ir bater um papo com eles, pois gostariam de fazer um filme. Eu fui lá e fechei um contrato de 6 meses com eles e naquele dia mesmo surgiu no meu Facebook uma mensagem do Tiago falando “oh, tô pensando em produzir... sabe aquele filme que te falei que abordava corrupção...”. Eu pensei e achei demais e topei fazer.
Alguns integrantes da equipe de produção
do filme vieram até Gramado.
Foto: Daiane Rodrigues da Cruz

- O que tu achaste do tema do filme?
 Encantador! Eu acho que é algo realmente incomodo que paira na sociedade. A corrupção e a forma como as pessoas pensam nelas e eu acredito que tudo isso tá na educação. Acho que tudo vem da educação, da escola.

- Tu pretende continuar em parceria com o Tiago para algum próximo filme ou curta?
 Sim, inclusive ele está dirigindo um curta. Nós já captamos 60% da verba e falta ainda conseguirmos o resto. É um filme que se chama “Resíduo O” que fala de reciclagem e a construção de coisas pensando no descarte dela. O objetivo disso tudo é na verdade mostrar para as pessoas com o humor que a reciclagem não é errada, ela é importante mas não foi adicionada para nós como uma coisa normal.

- És o teu primeiro festival de cinema em Gramado?
 Sim, é meu primeiro festival, sou nova... tenho 26 anos.

- Qual a tua expectativa para a premiação amanhã?
 Para mim nós já estamos premiados só de estarmos aqui. Não há mais nada que eu possa desejar, porque estar aqui, sendo indicada já é um grande prêmio e honra. E ganhar ou não ganhar, depende dos competidores, dos curadores... E pra mim já é uma vitória chegar até aqui.


Gustavo Heck, acadêmico do 2° semestre de jornalismo da Universidade Feevale.

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