quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Diretor Roberto Farias marca presença no Festival

Foto: Jéssica Gutierrez
Foto: Jéssica Gutierrez

O diretor carioca Roberto Farias esteve presente em um encontro de debates promovido pela Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul – ACCIRS. Farias, conhecido por filmes como “Pra frente, Brasil!” e “Assalto ao trem pagador”, contou algumas de suas experiências e curiosidades na área cinematográfica.
O cineasta teve sua primeira obra, “Rico à toa”, de 1957, aos 25 anos. “Comecei a fazer filmes em 1950, em 1960 já estava no Festival de Cannes”, conta Farias, que tem uma longa relação com a cidade. “Minha relação com Gramado começou há mais de 40 anos, quando o Festival ainda nem era festival , de fato”.
Um de seus longas mais aclamados, “Pra frente, Brasil”, foi alvo de um episódio inusitado, como relata o diretor: “Houve um debate no Hotel Serra Azul e a menina que apresentava disse que achava que nem seria necessário debate. Aí um dos presentes disse ‘vai ter debate, sim, pois eu não gostei do filme’. O debate acabou durando duas horas e eu só apanhei”.
Ao longo de sua carreira, Roberto Farias enfrentou não apenas a crítica cinematográfica, mas também a Ditadura Militar que chegou a vetar o filme “Pra frente, Brasil” em 1970. “Meu maior crítico até hoje foi a Ditadura que não gostou do filme, apesar de o público ter gostado. Somente no final do ano, após a Copa e as eleições, que o filme foi liberado”, enfatiza o diretor que continua, “O filme teve quase dois milhões de espectadores, mas poderia chegar a muito mais se saísse enquanto estava quentinho”.
Um dos grandes diretores do país, Roberto Farias confidencia: “Cinema, para mim, é profissão e brinquedo. É o meu brinquedo na vida, o meu meio de vida e a minha maneira de me expressar”. Farias ainda revela: “Estou trabalhando em um filme sobre o Jango Goulart. Exílio e morte de Jango, mas isso é outra coisa...”, conclui.


Fábio Osório
Acadêmico de Jornalismo – 1º Semestre

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