quarta-feira, 23 de agosto de 2017

“Pitanga” e o poder do cinema brasileiro

Na tarde da quarta-feira, 23, o Palácio dos Festivais exibiu o documentário Pitanga. O longa documental  dirigido por Camila Pitanga e Beto Brant, conta a história de Antônio Pitanga, pai de Camila e ator consagrado, com mais de 60 filmes e 30 telenovelas ao longo de sua carreira.

Antes da exibição do longa Antônio e Camila subiram ao palco para agradecer o carinho do público e ressaltaram a importância do projeto. Para Antônio o grande objetivo do documentário não é contar sua história e sim contar como o Brasil desenvolveu seu cinema, sua história, juventude e democracia. Camila por sua vez, acredita que o documentário tenha o papel de mostrar um país tão diferente, mas tão atual, que aborda questões raciais e sociais ainda importantes dentro da nossa atualidade.

Camila Pitanga e Antônio Pitanga | Foto: Luísa Krummenauer

Antônio citou Nelsinho Gonzaga: “Se querem me homenagear, que seja feito ainda em vida” e disse ter ficado relutante quando ouviu a ideia do documentário, ainda assim, embarcou no projeto e se encantou com o resultado. As filmagens contaram com a participação de várias personalidades, como, Caetano Veloso, Maria Bethânia, essa que foi a primeira namorada de Antônio, e o ator Othon Bastos, além de amigos próximos.

Trazendo momentos marcantes de sua vida e carreira, com trechos de suas obras como O Pagador de Promessas (1962), Barravento (1962) e O Senhor dos Navegantes (1963), algumas fotos de sua participação em peças de teatro e em telenovelas.

Camila Pitanga e Antônio Pitanga | Foto: Luísa Krummenauer
Apesar de falar do passado, em momento algum o longa deixa de ser alegre e leve, sem nostalgia melancólica. Cumpre seu papel de contar a trajetória de um homem que lutou e luta para perpetuar a arte e a liberdade de expressão no país em que vivemos.

Antônio recebe na noite de hoje o Troféu Cidade de Gramado, que é entregue aos grandes nomes que contribuem para desenvolvimento do cinema nacional e do próprio Festival de Cinema.

Solange Flores, acadêmica do 6º semestre de jornalismo Universidade Feevale

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