sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Melhores momentos do 45º Festival de Cinema de Gramado

O 45º Festival de Cinema de Gramado contou com inúmeros momentos marcantes desde a sua abertura oficial no quinta-feira, dia 17 de agosto. A equipe de cobertura da Universidade Feevale esteve presente em três dias do evento, tendo início no dia 22 e terminando no dia 24.


No primeiro dia em que a equipe se deslocou da universidade até a serra gaúcha, já encontramos o diretor de animação e Chief Executive Officer da produtora Otto Desenhos, Otto Guerra, que foi um dos homenageados desta edição do Festival. Na entrevista que realizamos, Otto salientou sobre acreditar que o cinema é uma grande arma política e que deve o seu sucesso por trabalhar através da sua liberdade e paixão.


O Museu do Festival também atraiu olhares do público, devido ao seu constante processo de atualização. Em uma conversa com a equipe da Feevale, a museóloga e curadora do museu, Daniela Schmitt, explicou: “o museu é vivo, ele nunca vai estar pronto, finalizado. Ele sempre irá trazer novas informações para dialogar com o público mais jovem. Esse não é um museu para adultos, queremos atender a todas as idades”. Daniela também contou que pretende ampliar o discurso no museu para abranger a cinematografia nacional, latinoamericana e norte americana.


Pouco antes da estreia do filme “A Fera na Selva”, o diretor e ator do longa brasileiro Paulo Betti conversou com o pessoal da equipe da Universidade Feevale. O ator comentou sobre o desafio de dirigir um filme de conteúdo filosófico e psicológico, baseado na obra literária de Henry James. “Ele não vive o momento presente então o filme é uma espécie de grito. Vamos viver aqui agora, talvez nós aqui estejamos vivendo o melhor momento de nossas vidas”, contou.


O segundo dia de cobertura iniciou com uma presença de peso. A equipe da Feevale entrevistou a atriz e parceira de direção do filme “A Fera na Selva”, Eliani Giardini.


Na tarde desse mesmo dia, o Palácio dos Festivais exibiu o documentário “Pitanga”, conta a história de Antônio Pitanga, ator consagrado, com mais de 60 filmes e 30 telenovelas ao longo de sua carreira. O longa-metragem foi dirigido por Camila Pitanga, filha de Antônio, e Beto Brant. Antes da exibição do filme, Antônio e Camila subiram ao palco e comentaram que o objetivo do documentário não é contar sua história e sim contar como o Brasil desenvolveu seu cinema, sua história, juventude e democracia. Antônio recebeu o Troféu Cidade de Gramado, que é entregue aos grandes nomes que contribuem para desenvolvimento do cinema nacional e do próprio Festival de Cinema na noite do dia 23.


O último dia de cobertura do Festival de Cinema contou com o depoimento do sócio do Canal Brasil, Paulo Mendonça, em um painel intitulado “Canal Brasil e o Cinema Brasileiro”. Segundo Mendonça, o intuito é não ter um olhar crítico, mas sim um olhar para o cinema brasileiro, prezando pela qualidade e relevância do material. Paulo Mendonça contou a trajetória do canal, ressaltando que que o país necessitava muito desse espaço exclusivo de representatividade de seu cinema.


A atriz e participante de programas exibidos pelo Canal Brasil, Bárbara Paz, estava presente na plateia do debate apresentado pelo sócio do canal. A equipe da Feevale conversou com a atriz, que comentou da importância de um Festival com tamanha grandeza. “O Festival abrange o cinema e a cultura brasileira e espero que dure por muitos anos. Me sinto honrada de poder comparecer e participar do júri deste evento”, disse.


Em uma conversa sobre Realidade Virtual, o diretor Ricardo Laganaro apresentou a evolução do AR (realidade aumentada) e VR (Realidade Virtual), que vem crescendo no mercado e produzindo conteúdo relevante. Para Ricardo essa é uma “máquina de teletransporte”, já que consegue levar o expectador a qualquer lugar, em qualquer ângulo. o diretor trouxe para a plateia uma pequena mostra do documentário Step to the line, que produziu nos EUA e conta como funciona um programa de reabilitação de uma prisão de segurança máxima. Laganaro foi enfático ao dizer que este não é o futuro do audiovisual, mas sim o presente.

Por fim, o último dia de cobertura da Universidade Feevale foi encerrado pela entrevista com Iuli Gerbase, assistente de direção do filme BIO. O longa documental conta a história de um homem que nasceu em 1959 e morreu em 2070. “A história é contada pelos personagens que conviveram com o principal. É a verdade sobre um homem que não sabe mentir”, contou Iuli, filha do diretor do filme, Carlos Gerbase. Quando perguntada com a relação com o seu pai, revela que Carlos é um diretor muito flexível, ressaltando: “já tive experiências com outros diretores, mas trabalhar com o meu pai não me decepcionou”. O filme foi exibido pela primeira vez na noite do dia 24 e reapresentado na manhã do dia 25.

Confira a galeria de fotos aqui! 


Eduarda Spanevello, acadêmica do 2º semestre de Jornalismo da Universidade Feevale

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