quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O diretor Otto Guerra comenta seu filme Até Que Sbórnia nos Separe




Quase trinta anos nos palcos e mais de um milhão de espectadores. Essas são as estatísticas que traz a peça teatral Tangos e Tragédias, criada e interpretada pela dupla gaúcha Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky. Essa peça levou para sua plateia o fã Otto Guerra, que quis retratar a peça no cinema, justificando: “Eu vi a peça pela primeira vez em 1984, foi uma identificação muito grande com a temática gaudéria. Retrata muito o Rio Grande do Sul, é quase uma overdose de gauchismo”.

Até Que a Sbórnia nos Separe conta a história de uma cidade que é cercada por um muro onde seus moradores têm uma cultura local e costumes típicos, como assistir ao show dos músicos Kraunus e Pletskaya. Certo dia, esse muro é destruído, e a cultura começa a ser fundida com a cultura do Continente. A dupla de músicos se envolve, iniciando o desenrolar da obra.

O filme adapta a peça em desenho animado, que consegue unir traços finos, delicados e cores sóbrias. A trilha sonora é composta de diversas músicas da peça teatral, sendo categorizada por Guerra como “quase um musical”. Sobre todo esse trabalho, Otto conta que não foi fácil fazer essa adaptação, porque a linguagem do teatro é muito diferente da animação. O roteiro demorou bastante tempo para ficar pronto. Com o roteiro acertado, partiu-se para o momento de criar. “Os animadores que tiveram que ralar para fazer. Na vida real, os dois (Hique e Nico) tem timming muito bom, perfeito”, declara Guerra.

Apesar de ser um filme de animação, contém uma temática que critica a sociedade atual, comenta Guerra, “É pesado, ele critica o consumismo. Todas as nossas mazelas. Na verdade, a história do filme é uma crítica a tudo e todos, sem concessões”.




Bruna Haas Pacheco, acadêmica do 1º semestre de jornalismo.

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