terça-feira, 30 de agosto de 2016

O Olhar Turístico

Saí no início desta terça-feira às ruas de Gramado, para encontrar histórias e motivações para conhecer e visitar a cidade. Não foi difícil achar pessoas que vem para cá em busca de um local diferente e acolhedor.
Um grupo da cidade de Artiga, no Uruguai, chegou a Gramado essa semana, e desde que pisou no solo gramadense seus integrantes se sentiram surpreendidos. Arranhando o espanhol consegui conversar com Gustavo, 57 anos, que me contou que a longa viagem de ônibus valeu a pena ao ver a linda cidade. Quando perguntei ao grupo qual o diferencial da cidade, ouvi palavras soltas, como: “calçadas largas”, “ruas limpas”, “linda”, “estilo único e encantador”, “fora de série”. Mas o consenso dos amigos chegou à expressão “construções hermosas”. Perguntei se alguma cidade do Uruguai se parece com Gramado, e ouvi comparações com o glamour de Punta Del Este, mas que nada se parece com Gramado, única e cidade maravilhosa.

Amigos uruguais curtindo o belo dia no centro da cidade. Foto: Pietro Pasqualotti


Também falei com alunos entre 15 e 18 anos e professores do Colégio Piratini, de Porto Alegre, que visitam a cidade procurando o frio, mas se decepcionaram. Alguns vieram pela primeira vez à Gramado e estão acalorados com toda a cultura que encontram aqui, e que eles definem como “diferente da capital gaúcha”.

Alunos de 2º Ano do Colégio Piratini, de Porto Alegre. Foto: Pietro Pasqualotti


Mas nem todos vem a Gramado para passear. Três nigerianos estão na cidade por conta da empresa em que trabalham no país de origem. Vieram montar e estruturar a parte de áudio e imagem para o Festival de Cinema de Gramado. Fizeram questão da entrevista em inglês, entretanto jogavam palavras de português, pela vontade de aprender uma nova língua. Também quiseram deixar bem claro que se comunicavam em outra língua, mas que era importante eu citar que eles falavam um idioma local nigeriano, e que lá existem mais de dez idiomas locais, e todos ajudam de alguma forma a organizar a cultura local. O grupo, bem extrovertido, mora na Nigéria e descreveram a cidade gaúcha como “amazing, quiet town, lovely and beautifull people and arquicteture, like Europe” (maravilhosa, cidade silenciosa, povo e arquitetura belos, como a Europa). No final, Olujumobi (42), Olomuywa (41) e Leo Omoseebi (39) ainda pediram uma selfie e um abraço brasileiro.


Grupo de nigerianos aproveitando o momento de folga. Foto: Pietro Pasqualotti


Rafael Queiroz, aeronauta, casado, pai de uma criança de nove anos e um garoto de dois, veio para Gramado pela primeira vez e conta que a família toda gostou da cidade: as crianças dos parques, o clima e a arquitetura linda parecida com cidades européias. Ele diz que buscou informações no site Trip Advisor para escolher a cidade, hotel, aluguel de carro, restaurantes e parques.

Família de Salvador passando as férias na Serra Gaúcha. Foto: Pietro Pasqualotti


A família da Dona Claide, aposentada, veio para a Serra Gaúcha pela terceira vez. Quando perguntada do porque a escolha do local, a resposta estava na ponta da língua: “Nós todos amamos a cidade, seja durante o Festival (de Cinema) ou não, desta vez foi uma coincidência, mas preferimos o sossego de dias mais tranquilos em Gramado e região. Adoramos Canela também” complementa a senhora de 66 anos acompanhada do filho, nora, neto, e marido.


Família de Itauna (SC) em visita a Gramado. Foto: Pietro Pasqualotti


Uma integrante de um grupo de Santa Catarina conta que depois de 30 anos visitando a cidade realizou seu sonho de comprar um apartamento em Gramado e traz os amigos sempre que pode. Os aposentados de Rio Do Sul e Balneário Camburiú falam que a cidade atrai pela segurança, beleza, diversidade de atividades e terminam: “O amor pela cidade é indescritível, aqui é tudo de bom”.


Grupo de Santa Catarina no centro da cidade. Foto: Pietro Pasqualotti
Pietro Pasqualotti, acadêmico do 1º semestre de Relações Públicas na Universidade Feevale.

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