Quase trinta anos nos
palcos e mais de um milhão de espectadores. Essas são as estatísticas que traz a
peça teatral Tangos e Tragédias, criada e interpretada pela dupla gaúcha Hique
Gomez e Nico Nicolaiewsky. Essa peça levou para sua plateia o fã Otto Guerra,
que quis retratar a peça no cinema, justificando: “Eu vi a peça pela primeira vez
em 1984, foi uma identificação muito grande com a temática gaudéria. Retrata
muito o Rio Grande do Sul, é quase uma overdose de gauchismo”.
Até Que a Sbórnia nos Separe conta a história de uma cidade que é cercada por um muro onde seus
moradores têm uma cultura local e costumes típicos, como assistir ao show dos músicos Kraunus e Pletskaya. Certo dia,
esse muro é destruído, e a cultura começa a ser fundida com a cultura do
Continente. A dupla de músicos se envolve, iniciando o desenrolar da obra.
O filme adapta a peça
em desenho animado, que consegue unir traços finos, delicados e cores sóbrias. A
trilha sonora é composta de diversas músicas da peça teatral, sendo categorizada
por Guerra como “quase um musical”. Sobre todo esse trabalho, Otto conta que
não foi fácil fazer essa adaptação, porque a linguagem do teatro é muito diferente da animação. O
roteiro demorou bastante tempo para ficar pronto. Com o roteiro acertado,
partiu-se para o momento de criar. “Os animadores que tiveram que ralar para
fazer. Na vida real, os dois (Hique e Nico) tem timming muito bom, perfeito”,
declara Guerra.
Apesar de ser um
filme de animação, contém uma temática que critica a sociedade atual, comenta
Guerra, “É pesado, ele critica o consumismo. Todas as nossas mazelas. Na
verdade, a história do filme é uma crítica a tudo e todos, sem concessões”.
Bruna
Haas Pacheco, acadêmica do 1º semestre de jornalismo.
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