Marcelo Pimentel, Carlos Eduardo Lourenço Jorge e Thais Fujinaga. |
Terminou agora há pouco a coletiva que discutiu os filmes
Sanã, do diretor Marcelo Pimentel, e Os Irmãos Mai, de Thais
Fujinaga. O evento foi mediado pelo coordenador de debates do festival, Carlos
Eduardo Lourenço Jorge.
Ambos os curtas têm em comum a conexão do cenário onde são gravados e os
personagens, que são crianças, mas Sanã
é um documentário enquanto Os Irmãos Mai é um filme de ficção.
Pimentel contou que encontrou o menino Sanã no Maranhão, local indicado
por amigos. Lá conheceu a isolada Ilha dos Lençóis, conhecida pelo grande
número de pessoas albinas. O personagem principal e o cenário retratam a introspecção
do menino, desejada pelo diretor. Sanã, apelido do menino e nome do curta, costuma
brincar sozinho e não conversa muito. As dunas de areia e as grandes e vazias
distâncias, fala Pimentel, dão um ar de isolamento para a obra.
A cidade de São Paulo é o cenário do curta de Thaís. Os irmãos Mai, dois
meninos chineses, saem em busca de um presente para a sua avó. O centro de São
Paulo, local por onde passam, por vezes altera o humor dos garotos, criando
conflitos. A diretora exemplifica lembrando os momentos onde os carros e os
sons da cidade deixam os meninos nervosos. Apesar de não ser um documentário,
Thais se inspirou em personagens reais: “busquei na realidade elementos para
compor a ficção”.
Lucas P. de Quadros, Acadêmico do 6° semestre de Jornalismo.
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