Museu de
Cinema de Gramado| Foto: Caíque Cardozo
Há dois anos, Gramado ganhou um importante aliado na preservação e divulgação
da história dos seus festivais. Trata-se do Museu do Festival de Cinema: anexo
ao Palácio dos Festivais e com 584 metros quadrados, o museu abriga todo o
histórico do festival e também sobre o cinema brasileiro.
A
incursão começa com uma linha do tempo que traz a história dos festivais
através dos longas-metragens vencedores em cada edição. A curadora do museu,
Daniela Schimitt, conta os motivos que fizeram de Gramado a sede do evento: “O
festival veio para cá em função do regime militar. Já existia em Brasília, mas devido
a censura, se pensou em trazer para um local mais afastado, Gramado já havia
realizado duas mostras de cinema, em 69 e 71”. O Festival de Brasília é o mais
antigo do Brasil, porém o de Gramado é o mais antigo ininterrupto.
Museu de
Cinema de Gramado| Foto: Caíque Cardozo
Segue-se
a história de evolução do Festival e, em 1987 pensa-se em mudar o Festival de
local devido a infraestrutura do local, pois havia capacidade para apenas 600
lugares. Fez-se então uma campanha durante um ano para um novo espaço e, com a
ampliação do lugar para 1100 lugares, mudou-se o nome de Cine Embaixador para
Palácio dos Festivais. O local mudou também sua fachada e o festival conseguiu
se manter. “Era muito importante que o festival continuasse na cidade. Foi
através dele que Gramado tornou-se conhecida nacionalmente” comenta Daniela.
Kikito |
Foto: Caíque Cardozo
Na
década de 90, com a troca da presidência e o governo Collor, a Embrafilme é
extinta e poucos filmes brasileiros passam a ser produzidos, fato que permite a
inclusão de filmes da América Latina no festival. E conforme os anos, foi
evoluindo e se modernizando. O museu também conta com atrações para o público,
como um quiz, para testar o conhecimento sobre o festival, jogo da memória para
as crianças e a atração “Você é o Editor”, onde o público monta os personagens,
a trilha sonora, o contexto, e recebe o filme por e-mail. “A gente traz um
pouquinho da história, com totens de pesquisas, curiosidades e a lista de todos
os vencedores, que conta com mais de 300 filmes premiados. É história com
tecnologia” afirma a curadora.
A novidade desse ano, além de todo o acervo, é a exposição fotográfica
“Bastidores com Domingos Oliveira”, de Desirée do Valle com curadoria de Dalmo
Santana. A exposição é uma homenagem ao cineasta brasileiro muito premiado no
festival, e mostra os bastidores de quatro de seus filmes.
Dário Gonçalves | 7 Semestre de Jornalismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário