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Leonardo Machado, Nelson Xavier, Via Negromonte e Allan Souza Foto: Danielle Rodrigues |
Segundo Via, isso é bom e ao mesmo tempo ruim, pois acaba
dando a entender que não há por trás da profissão uma preparação, estudo e
suor, segundo ela: “Ninguém nasce Romário, ninguém nasce Pelé. Todo mundo
precisa começar em algum lugar.” Segundo
Leonardo alguns diretores fazem uma brincadeira dizendo que pretendem chamar
não-atores para seu próximo projeto, ao passo que ele então sugere que sejam
chamados também não- fotógrafos, não técnicos de som, assim se faz um filme sem
profissionais.
Todos deixaram claro que os atores vêm sofrendo
uma desvalorização muito grande, como se as pessoas esquecessem que eles também
precisam pagar contas; não é apenas amor pela arte. Nelson Xavier relatou sua
experiência como egresso do Teatro de Arena e o surgimento do Cinema Novo, em
que se valorizava de forma extrema o “não atuar”, o fato de se tornar o
personagem e fazer com que o público se esqueça por completo que ali é na
verdade um ator.
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O ator Nelson Xavier esteve presente no debate Foto: Kaliana Passarin |
Xavier também falou sobre sua relação com seus personagens
“Quando você se propõe a fazer um personagem, você estabelece uma relação com
ele. Cada personagem é um sonho, e é algo que você faz como quiser. É você que
dá as cores e dimensões para ele.” Os quatro participantes concordam que é
necessário que os atores se unam cada vez mais para que a valorização não se
torne uma opção ou exceção, mas sim uma realidade constante e presente em todas
as produções.
Solange Flores, acadêmica do 5º semestre do curso de
Jornalismo da Universidade Feevale
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