![]() |
Foto: Pietro Pasqualotti |
Na final da tarde de terça-feira
ocorreu um bate-papo promovido pela ACCIRS (Associação de Críticos de Cinema do
Rio Grane do Sul) sobre o cinema, tendo foco no cinema latino e integração
cinematográfica entre os países sul-americanos.
O
mediador da conversa foi Robledo Milani, crítico de cinema, membro da ABRACCINE
e vice-presidente da ACCIRS. Na mesa também estavam presentes Leopoldo Muñoz
(Chile), Antonella Estévez (Chile), Miguel Ángel Dobrich (Uruguai) e Fernando
Brenner (Argentina).
Durante a
conversa, foram abordados temas como a necessidade de incentivo à cultura por
parte de todos os governos latinos, não somente para realização de espetáculos
como filmes, mas também na distribuição e marketing dos mesmos. Segundo
Antonella, o cinema sul americano como um todo não é bem planejado, tendo em
vista a má distribuição dos filmes nos seus próprios países de origem. Estévez ainda ressaltou a necessidade de órgãos
governamentais ajudarem no marketing das produções e distribuições de tais, a
exemplo do que ocorre com a Petrobrás no Brasil e o incentivo fiscal que as
empresas no ramo cinematográfico recebem.
Diversos
Festivais de Cinema foram citados como espaços necessários e especiais da
propagação de filmes aqui na América do Sul e Central. Os convidados citaram os
festivais de Recife, Havana (Cuba),
Goiás, Bariloche (Argentina), Punta Del Este (Uruguai), Santiago (Chile), entre outros.
Entretanto, como apontou Robledo, não adianta haver tais espaços singulares se
os mesmos não são mantidos durante o resto do ano e para toda a população.
A
quantidade de produções cinematográficas também foi apontada pelos críticos
como um ponto crucial e a comparação entre os países foi inevitável. Abaixo
segue uma tabela – aproximada – comparativa, de acordo com os participantes da
sessão.
PAÍS
|
PRODUÇÕES
CINEMATOGRÁFICAS LANÇADAS NOS CINEMAS AO ANO
|
SALAS
DE CINEMA
|
Brasil
|
300
|
3000
|
Argentina
|
150
|
2000
|
Chile
|
50
|
600
|
Uruguai
|
12
|
80
|
Miguel
citou a importância dos acordos multilaterais entre os países latinos no setor
cinematográfico, e como isso aproxima mais ainda a cultura dos vizinhos. Ele
disse que as produções bilaterais agregam muito para um filme, sendo mais fácil
de distribuir pelo continente. Ángel elogiou ainda o trabalho do filme Aquarius, do diretor Kléber Mendonça e
como este filme, assim como a postura do elenco está abrindo portas e trazendo
mais amantes do cinema a participarem em produções.
Pietro Pasqualotti, estudante de Relações Públicas da
Universidade Feevale, 1º semestre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário